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Advertido por agitar torcida, Feijão evita comentar vaias a Bellucci

15 fev 2013 - 08h04
(atualizado às 08h16)
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Principal esperança local no Aberto do Brasil, Thomaz Bellucci saiu vaiado após perder do italiano Filippo Volandri na noite de quinta-feira. No jogo seguinte, João ‘Feijão’ Souza, apenas o 140º colocado no ranking da ATP, deu trabalho ao espanhol Rafael Nadal e foi ovacionado mesmo com a derrota. Diplomático, ele evitou comentar a situação do compatriota e contou ter sido advertido por agitar a plateia.

"Soube que o Thomaz saiu vaiado pela torcida, triste e de cabeça baixa. Mas vocês têm que perguntar sobre isso para ele. Com certeza, o Thomaz deu o máximo e, de repente, acho que não foi o dia dele. O Thomaz não é de se entregar, não sei o que aconteceu no jogo", desconversou.

Apesar de não vibrar, Bellucci contou com o apoio da torcida durante a partida, mas ouviu vaias assim que o jogo terminou e saiu rapidamente da quadra, enquanto o italiano era aplaudido. Abatido, o brasileiro criticou a reação do público no Ginásio do Ibirapuera.

Se Bellucci foi apático, Feijão chegou a tomar uma advertência por inflamar a torcida. Antes do terceiro game do segundo set, ele ergueu os braços para pedir a participação da plateia e levantou o ginásio, a ponto de o árbitro precisar intervir para cessar os seguidos gritos de "Feijão".

"Não sabia, mas o juiz de cadeira me disse que só pode fazer isso na Copa Davis. Busquei de alguma forma chamar a torcida e na hora vi o Nadal balançar a cabeça, pensando: o que esse cara está fazendo?. Os torcedores se identificam quando veem os atletas chamando-os para o jogo, mas da próxima vez não vou fazer mais", contou, rindo.Animado depois de inflamar os aproximadamente nove mil torcedores no Ginásio do Ibirapuera, Feijão conseguiu criar seu único break-point na partida, mas não aproveitou a oportunidade. O jogador gostou da experiência de atuar diante de milhares de pessoas, e quer repeti-la.

"Eu já esperava um jogo duríssimo e decidido nos detalhes. Consegui sentir a energia do público e joguei bem. Saio triste com a derrota, mas foi uma experiência que vou levar até o fim da minha carreira. Nunca tinha jogado com o ginásio tão cheio e espero melhorar meu ranking para que isso aconteça com mais frequência", declarou.

Com as vitórias de Filippo Volandri e Rafael Nadal, o Aberto do Brasil terá apenas estrangeiros a partir das quartas de final de simples. Ainda vivo na chave de duplas, em que, ao lado de Bellucci, encara os italianos Fabio Fognini e Simone Bolelli, Feijão atribui a situação ao alto nível do evento.

"O torneio desse ano está muito mais forte que o do ano passado, com os quatro primeiros cabeças de chave entre os melhores 25 do mundo. Não é fácil avançar em um torneio de alto nível com jogadores difíceis de serem batidos, como Nadal e Almagro", afirmou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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