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América Latina tem melhor campanha da história dos Mundiais na 1a fase

24 jun 2014 - 19h23
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O bom futebol mostrado pelas seleções da América Latina na Copa do Mundo do Brasil levou os times da região ao seu melhor desempenho na primeira fase da história do torneio, com a classificação de pelo menos sete seleções para a segunda fase.

Jogadores da Colômbia comemoram vitória sobre o Japão em Cuiabá. 24/06/2014.
Jogadores da Colômbia comemoram vitória sobre o Japão em Cuiabá. 24/06/2014.
Foto: Suhaib Salem / Reuters

Com Brasil, Argentina, México, Chile, Colômbia e Costa Rica confirmados nas oitavas, esse recorde teve, após a vitória do Uruguai sobre a Itália nesta terça-feira por 1 x 0 e seu avanço à próxima fase, um sabor especial: este é o primeiro torneio realizado na região em 28 anos --o último foi no México em 1986.

O recorde anterior, de seis equipes classificadas, foi visto na Copa da África do Sul em 2010, quando brasileiros, uruguaios, argentinos, mexicanos, chilenos e paraguaios avançaram.

E há ainda a chance, por mais difícil que seja, de ampliar o sucesso latino-americano, caso o Equador consiga superar a promissora seleção da França e conte com um tropeço dos suíços para também avançar.

Após as classificações antecipadas de Costa Rica e Chile nos dois grupos considerados os mais difíceis da Copa --B e D--, com vitórias heróicas sobre as campeãs mundiais Itália e Espanha, respectivamente, somadas ao avanço da Colômbia, os ânimos com o futebol latino-americano cresceram.

Confirmando o favoritismo, o Brasil classificou-se em primeiro lugar do Grupo A da Copa do Mundo após bater Camarões por 4 x 1 em Brasília na segunda-feira, ganhando a confiança que faltou nas primeiras duas partidas.

Já o México, adversário de grupo que representou um grande empecilho para o Brasil na segunda partida da chave, confirmou a classificação em cima da Croácia ao vencer por 3 x 1.

A Argentina pegou um grupo fácil, com Irã, Bósnia Herzegovina e Nigéria, e mesmo sem brilhar e sofrendo para vencer bósnios e iranianos, o time encabeçado por Lionel Messi confirmou o favoritismo e já assegurou vaga nas oitavas, mesmo antes de enfrentar a Nigéria.

Já o Uruguai ficou por um fio. Enquanto a Costa Rica foi a "zebra" da Copa, prevalecendo em um grupo com três campeões mundiais, seu adversário de chave sul-americano suou para conseguir a vaga com vitórias em cima de Inglaterra e da Itália, após perder o primeiro jogo para os próprios costarriquenhos.

FELICIDADE DURA POUCO

Mas, como diz o popular ditado, felicidade dura pouco, e a segunda fase do torneio não começará promissora para os latino-americanos, com dois confrontos já nas oitavas de final entre equipes da América do Sul.

Na primeira partida das oitavas, no sábado, o Brasil pega o Chile em Belo Horizonte, com ambas as equipes admitindo as dificuldades dessa partida.

"Se eu pudesse escolher, escolheria uma outra seleção porque acho (a chilena) a mais difícil por se tratar também de uma seleção sul-americana. Catimba, qualidade, organização, tudo isso o Chile tem", disse o técnico Luiz Felipe Scolari sobre o próximo rival do Brasil na Copa.

O meia chileno Arturo Vidal prevê um jogo equilibrado. "Vai ser uma partida difícil, é complicado jogar contra eles porque são eles que estão organizando o Mundial e porque têm jogadores de alto nível. Conheço todos porque estão nas melhores ligas do mundo... esperamos enfrentá-los da melhor maneira", afirmou.

Enquanto isso, os colombianos enfrentarão os uruguaios nas oitavas, e quem prevalecer pegará o vencedor de Brasil e Chile nas quartas de final --então, dentre esses quatro sul-americanos sobrará apenas um em uma das semifinais.

Já o México enfrentará uma pedreira pela frente, a Holanda, que tem a melhor campanha da Copa até agora, com três vitórias em três jogos e dez gols marcados.

Caso avancem sobre os holandeses, no entanto, os mexicanos correm o risco de disputar as quartas de finais com a Costa Rica, caso ela vença a Grécia nas oitavas.

(Reportagem adicional de Brad Haynes em São Paulo e Pedro Fonseca em Brasília; Edição de Tatiana Ramil e Eduardo Simões)

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