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Antes da fama, locutor de rodeio trabalhava em açougue

28 ago 2012 - 15h59
(atualizado às 16h21)
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Antes de entrar na arena e se tornar referência na locução de rodeio, Vanilson Ramires Ferreira, o Dudu Ramires, cortou muita carne trabalhando como açougueiro em um mercado em Alto Alegre (SP), do qual era sócio junto com dois irmãos.

Hoje, Dudu faz 30 rodeios por ano. Na semana passada, narrou em Barretos
Hoje, Dudu faz 30 rodeios por ano. Na semana passada, narrou em Barretos
Foto: Nilson Novaes / PrimaPagina


Fã de rodeio, o paulista narrou sua primeira competição em 1998 em um "Barretinhos", como são chamadas pequenas festas de peão. Mais tarde, foi convidado para trabalhar em outro rodeio, a maioria deles sem cachê. Não demorou muito para desanimar e deixa a profissão de locutor em segundo plano. Decepcionado, Dudu resolveu mudar de cidade.



Em Paulínia (SP), arrumou um emprego de açougueiro em um mercado local. Desse dia em diante sua vida mudou por completo.



Em uma manhã, enquanto amolava as facas no balcão, viu um de seus ídolos das arenas, o locutor de rodeio Palito, famoso pelo repertório largo de versos. Dudu não se conteve e soltou um verso. Palito retrucou. E ali, em pleno açougue, começaram o duelo.



As pessoas e o dono do mercado se aproximaram para ouvir a "conversa". Para surpresa do paulista, Palito era amigo de seu patrão. "'Hoje você vai ficar sem açougueiro. Ele vai sair mais cedo, vou levá-lo para narrar o rodeio comigo'", conta Dudu, imitando a voz do locutor. "Nesse dia, coloquei na cabeça que iria ser locutor profissional. Retornei para Alto Alegre e comecei tudo novamente", diz.



Em 2006, o presidente do rodeio local o convidou Dudu narrar o evento. Ali, seus planos começaram decolar. Vendeu a parte na sociedade do mercado e, hoje, aos 31 anos, faz locução para mais de 30 festas de peão por ano. Na semana passada, narrou a final da Copa Brahma no rodeio de Barretos, o maior da América Latina.



Mesmo com o sucesso nas arenas, o locutor conta que, às vezes, ajuda os irmãos no mercado. "Embora tenha saído da sociedade, presto serviços para meus irmãos, então, toda vez que é abatido o gado para o açougue e eu estou por lá, vou, trabalhar, amolar faca e cortar carne sem problema algum".

Fonte: PrimaPagina
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