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Após denunciar Armstrong, ex-colega teme retaliação e cita "pesadelos"

27 dez 2012 - 10h06
(atualizado às 10h10)
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Ex-ciclista americano que denunciou o doping de Lance Armstrong, Tyler Hamilton teme uma retaliação por parte do antigo colega. Falando à revista alemã Stern, Hamilton diz que tem “insônia e pesadelos” e afirma que “não há um dia” no qual ele não pensa em Armstrong.

Foto mostra Tyler Hamilton (à esq.) e Lance Armstrong durante a Volta da França de 2003
Foto mostra Tyler Hamilton (à esq.) e Lance Armstrong durante a Volta da França de 2003
Foto: Getty Images

Hamilton, 41 anos, lançou em setembro passado a autobiografia "The Secret Race: Inside the Hidden World of the Tour de France: Doping, Cover-ups, and Winning at All Costs" (“A Corrida Secreta: dentro do Mundo Escondido da Volta da França: Doping, Encobrimentos e Vencer a Qualquer Custo”).

No livro, o ex-atleta que foi companheiro de Armstrong na equipe US Postal Service entre 1999 e 2001 detalha o uso de doping por parte dele mesmo e do antigo colega, heptacampeão da Volta da França. Em maio de 2011, Hamilton já havia voluntariamente dito que, devido à utilização de substâncias proibidas, devolveria a medalha de ouro conquistada na Olimpíada de Atenas 2004, a qual o Comitê Olímpico Internacional (COI) oficialmente retirou do ex-ciclista em 2012.

As acusações de Hamilton reforçaram o cenário nebuloso que pairava sobre Armstrong, 41 anos. Em outubro passado, a Associação Antidoping dos Estados Unidos (Usada) divulgou um dossiê acusando Armstrong e a US Postal Service de promoverem o uso de substâncias proibidas para melhorar o desempenho. O documento incluiu o testemunho de 11 ex-companheiros de equipe do americano. Logo depois, a União de Ciclismo Internacional (UCI) acatou as acusações e ordenou a perda dos sete títulos do astro na Volta da França.

Falando sobre o ex-parceiro, que disse que não iria mais se defender das acusações e tem feito poucas aparições públicas desde o escândalo, Hamilton afirma que “você ouve pouco de Lance, mas isso é uma calma falsa”, projetando que Armstrong “vai retaliar”.

Em 2010, Hamilton testemunhou perante um júri federal nos EUA na investigação do doping na US Postal Service. Antes de fazer isso, ele conta que os advogados de Armstrong entraram em contato oferecendo “proteção legal de graça”, a qual ele recusou. Hamilton relata que, depois, constantemente via “um carro estranho” perto de sua casa,  que foi "perseguido" junto à mulher, que seu telefone “parou de funcionar apropriadamente” e que sua conta de e-mail foi alvo de hackers. Ele compara que vivia como se fosse em um filme de suspense -um thriller, “só que este thriller era de repente a minha vida”.

Fonte: Terra
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