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Apresentador diz que já dormiu com atleta dos All Blacks e cria polêmica

6 jan 2013 - 07h43
(atualizado às 08h52)
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Vários defensores e ativistas dos direitos dos homossexuais na Nova Zelândia pediram aos jogadores da seleção nacional de rúgbi que declarem abertamente sua homossexualidade sem medo de exclusão social, destaca neste domingo a imprensa local. Conhecida como All Blacks devido ao uniforme todo preto, a equipe é uma das mais tradicionais da modalidade, com títulos mundiais em 1987 e 2011. 

Conhecida como All Blacks, a seleção neozelandesa venceu em casa o Campeonato Mundial de Rúgbi de 2011
Conhecida como All Blacks, a seleção neozelandesa venceu em casa o Campeonato Mundial de Rúgbi de 2011
Foto: Getty Images

Famoso apresentador da televisão neozelandesa que reiterou publicamente ser homossexual, Steve Gray declarou que vários jogadores que passaram pelo time nacional de rúgbi durante os anos são gays.

"Posso garantir que há gays entre os All Blacks porque eu dormi com um deles", declarou Gray, segundo o jornal "Stuff". Ele completou ressaltando que não lembrava o nome do atleta em questão por não conhecer muito do esporte, mas disse que na época checou com um amigo e "isso foi totalmente verdade". O apresentador não deixou claro se esse jogador ainda defende a equipe nacional de rúgbi. 

Gray reconheceu, por outro lado, que assumir a homossexualidade não seria uma atitude confortável para um atleta tomar, visto que "em qualquer situação esportiva eles (as pessoas em geral) são incrivelmente homofóbicos". 

Os comentários do apresentador vieram na onda da publicação da capa da revista britânica Attitude, destinada ao público gay, na qual aparece o jogador de futebol Matt Jarvis, casado com uma mulher há anos, dizendo que é hora de os esportistas homossexuais se declararem abertamente e lutarem contra a homofobia. 

"Há muitos jogadores que são gays, mas declarar sua homossexualidade é outra história. Tenho certeza de que pensaram nisso muitas vezes, mas é algo difícil de fazer", analisou Jarvis, atual meia-atacante do West Ham United.

Tony Simpson, diretor do grupo "Rainbow Wellington" que luta pelos direitos dos homossexuais na Nova Zelândia, declarou seu apoio aos membros, atuais e antigos, da seleção neozelandesa de rúgbi que quiserem assumir que são gays.

"Se um dos membros dos All Blacks afirmar sua homossexualidade, acho que as pessoas se perguntarão, 'bem, o que isso tem a ver com o jeito de jogar rugby?'. A maioria das pessoas entenderá", opinou Simpson.

O ex-jogador da seleção nacional Craig Innes também mostrou apoio e "admiração" pelos membros da equipe que quiserem assumir a orientação sexual em público.

"Se alguém quiser assumir, tenho certeza de que terá um grande apoio. Se tornaria um modelo para a jovem comunidade gay", afirmou o ex-centro dos All Blacks, que é casado e tem duas filhas com a modelo neozelandesa Sara Tetro.

Em agosto passado, o parlamento da Nova Zelândia respaldou com grande maioria a aprovação da uma lei sobre o casamento homossexual. As pesquisas de opinião feitas nos últimos meses apontam que cerca de 70% dos neozelandeses, país povoado por aproximadamente 4,5 milhões de pessoas, são a favor da aprovação do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. Até agora, o casamento homossexual foi legalizado em 12 países, entre eles Argentina, Portugal, Espanha, Bélgica, África do Sul, Holanda, Canadá, Noruega e Suécia.

EFE   
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