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Argentinos sofrem com chuva no Rio: "estamos como zumbis"

Torcedores acampados no centro da capital fluminense sofreram com a chuva forte desta madrugada e não conseguiram dormir enquanto a água invadia as barracas molhando roupas, cobertores e mantimentos

11 jul 2014 - 13h25
(atualizado às 13h26)
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O cenário de quem caminha tanto pelo Terreirão do Samba quanto pelo Sambódromo, no centro do Rio de Janeiro, é o mesmo: um bando de argentinos sem camisetas, torcendo toalhas para tirar o excesso de água e colocando roupas, colchões e cobertores para secar. Nas áreas cedidas pela Prefeitura do Rio para acampamento e estacionamento de motor-homes, quem não encontrou um local coberto para montar seu abrigo sofreu com a forte chuva de ontem e que seguiu por toda a madrugada. 

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Estamos como zumbis. Não conseguimos dormir, e agora está absolutamente tudo molhado", lamentou o engenheiro civil Felipe Restrepo, que veio de Buenos Aires, na capital argentina, para estar na cidade que abrigará a final da Copa do Mundo entre argentinos e alemães, domingo, no Maracanã

"Acho que choveu por 24 horas sem parar", recordou Brian Arce, estudante de 24 anos, que veio de carro junto com outros quatro amigos de Santa Fé, capital da província homônima argentina. "Esse sol de agora foi o melhor que poderia acontecer. Estamos cinco pessoas numa mesma barraca. Foi complicado, agora e colocar tudo para secar", completou ainda, enquanto improvisava um varal e colocava bermudas, calças, tudo para secar aproveitando a trégua da chuva. 

Do mesmo grupo de estudantes "santaferinos", como são conhecidos os habitantes da região central da Argentina, Nícolas Zanuttini, também de 21 anos, confessa que "não lembro direito o que aconteceu. Acho que bebi demais". 

<p>Os "hermanos" aguardam a grande final da Copa do Mundo, contra a Alemanha, que acontece no Estádio do Maracanã, no domingo</p>
Os "hermanos" aguardam a grande final da Copa do Mundo, contra a Alemanha, que acontece no Estádio do Maracanã, no domingo
Foto: Daniel Ramalho / Terra

"Me lembro que estava tomando cerveja, depois Fernet (bebida amarga típica dos "hermanos") e quando acordei na barraca já estava todo molhado", afirmou dando risada e levando com bom-humor as dificuldades de quem, mesmo sem ingresso, fez questão de vir até a cidade palco da final só para curtir a atmosfera especial da Copa do Mundo. 

Somente no Terreirão do Samba, de acordo com a organização local, cerca de mil argentinos estão acampados ou dormindo nos motor-homes. A expectativa da secretaria municipal de Turismo do Rio é que 70 mil argentinos estejam no Rio até domingo. 

"Pode chover o quanto for que não ligamos. Viemos sem ingresos, mas essa é uma experiência única, é um sonho qe está se transformandk em realidade", disse o estudante Federico Baez, 27, diretamente de Buenos Aires para a capital fluminense. 

Fonte: Terra
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