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Mascherano "deixa alma" em campo e lidera Argentina à final

9 jul 2014 - 19h57
(atualizado às 22h52)
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Mascherano desarma Robben dentro da área argentina e evita chance de gol holandesa
Mascherano desarma Robben dentro da área argentina e evita chance de gol holandesa
Foto: Darren Staples / Reuters

Um instante, um piscar de olhos e quase todos os argentinos ficaram em silêncio aos 45min do segundo tempo na semifinal em São Paulo. Todos estavam imobilizados, mas Javier Mascherano agiu. O gol aberto, protegido apenas por Sergio Romero, e a bola no temido pé esquerdo de Arjen Robben. Mascherano passou pelas costas de Ezequiel Garay, tomou impulso e fez um corte heroico na finalização do principal jogador holandês. Milagre para ir até a decisão do Mundial.

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Foi só uma das cenas marcantes na incrível Copa do Mundo protagonizada por Mascherano e que teve seu ponto alto nesta quarta-feira: em São Paulo, o volante fez um desarme milagroso, quase perdeu a consciência após choque de cabeça e avançou até a final do Mundial com a Argentina, após empate sem gols e vitórias nos pênaltis contra os holandeses.

Símbolo de fibra na equipe argentina, Mascherano deu uma demonstração clara sobre seu desejo de vitória já no início da partida. Em disputa pelo alto com o holandês Wijnaldum, ele chocou sua cabeça contra a nuca do adversário e desabou com a consciência prejudicada. Houve até quem tenha sugerido um rápido desmaio do volante, mas ele logo voltou ao gramado.

Não só voltou, mas voltou para fazer seu melhor jogo no Brasil. Dividido entre a marcação por seu setor e principalmente a cobertura a Arjen Robben, Mascherano apareceu em pelo menos quatro ocasiões de maneira providencial para frear o ímpeto do principal nome da Holanda na competição. Robben, em seu dia mais difícil na Copa, não se apagou sozinho. Foi ofuscado pela marcação do camisa 14 adversário.

No jogo que recolocou a Argentina na final da Copa do Mundo, acima de qualquer desarme como o milagroso no fim do segundo tempo, Mascherano provou novamente ser o capitão sem braçadeira. Ao retornar de seu quase desmaio, pediu a bola. Nas jogadas aéreas, é quem aponta a marcação correta. Também é aquele que sempre exige um esforço maior dos colegas. Tem o respeito adquirido. Levou palavras de incentivo aos ouvidos de Sergio Romero antes dos pênaltis.

Mascherano recebe atendimento médico em campo após sofrer falta em partida contra a Holanda
Mascherano recebe atendimento médico em campo após sofrer falta em partida contra a Holanda
Foto: Fabrizio Bensch / Reuters

Antes da simbólica vitória contra a Bélgica nas quartas de final, Mascherano também pediu a palavra diante dos colegas e disse que estava cansado de “comer merda”, em referência aos 24 anos sem semifinal de Copa para a Argentina. Foi uma declaração simbólica, mas confessado por jogadores argentinos como algo que incendiou o vestiário no Mané Garrincha.

Essa foi apenas uma das cenas de Mascherano, o capitão sem braçadeira que vai à decisão da Copa do Mundo. Aquele que ajoelhou e chorou no gramado em Brasília no apito final, aquele que voltou grogue ao campo da Arena Corinthians para fazer um desarme milagroso e para anular Arjen Robben. Aquele mesmo que vai ao Maracanã pelo tricampeonato.

Fonte: Terra
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