O ciclista americano Lance Armstrong, que perdeu seus sete títulos do Tour de France devido a acusações de doping, está pensando na possibilidade de admitir que utilizou substâncias proibidas para melhorar seu rendimento. A informação foi publicada pelo jornal americano The New York Times.
Armstrong disse a pessoas próximas e funcionários antidoping que está considerando admitir o uso de doping sanguíneo durante sua carreira em um esforço para restaurar sua credibilidade. Com isso, o americano teria a intenção de persuadir os órgãos antidoping dpara poder retomar a carreira esportiva. Segundo o jornal, ele tem interesse em participar de competições de triatlo e corrida, mas essas são sancionadas por organizações que aderem ao código mundial antidoping, sob o qual o ex-atleta, 41 anos, recebeu um banimento para toda a vida. O diário não identificou suas fontes, mas citou "várias pessoas com conhecimento direto da situação".
A UCI (União Ciclística Internacional) apagou no fim do ano passado os resultados de Armstrong na Volta da França dos livros de história deste esporte, quando ele decidiu não recorrer das decisões impostas pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada).
Um relatório da Usada chegou à conclusão de que Armstrong ajudou a coordenar o programa antidoping mais sofisticado da história do esporte. O relatório inclui centenas de páginas com testemunhos, e-mails, registros financeiros e análises de laboratório de amostras de sangue.
Apesar de todas as evidências, Armstrong negou veementemente a utilização do doping. Tim Herman, advogado de Armstrong, disse ao mesmo jornal que não está ciente de que seu cliente tenha planos de admitir sua culpa. "Não sei sobre isso. Suponho que tudo é possível, claro. Neste momento, realmente não está sobre a mesa", declarou Herman.
Com o ex-ciclista dopado Lance Armstrong e o brasileiro Luiz Adriano, que desrespeitou o fair play durante partida do Shakhtar Donetsk na Liga dos Campeões, a revista americana Sports Illustrated listou os "antidesportistas" de 2012; veja os destaques negativos do esporte nos últimos meses
Foto: Getty Images
14. New Orleans Saints "Os Saints foram tudo, menos santos", escreveu a revista. Em março deste ano, o coordenador de defesa Greg Williams foi denunciado por estabelecer um programa que recompensava jogadores que lesionassem adversários durante as partidas da NFL entre 2009 e 2011. Mais de 25 atletas foram lesionados por atletas dos Saints no período. Willians foi banido do esporte, enquanto outros atletas e o técnico Sean Payton também foram suspensos
Foto: Getty Images
13. Jeffrey Loria Dono do Miami Marlins, franquia da Major League Baseball nos Estados Unidos, Loria negociou 12 jogadores depois de garantir que o novo estádio da equipe, orçado em US 634 milhões (R$ 1,3 bilhão), seja pago com financiamento público. Ao todo, os contribuintes da Flórida vão desembolsar 80% do valor, cercade de US$ 409 milhões (R$ 869 milhões)
Foto: Getty Images
12. Steve Blake Steve Blake perdeu a cabeça durante uma partida do Los Angeles Lakers na NBA quando ouviu a cobrança das arquibancadas durante intervalo. "Você precisa acertar essas open balls", disse o torcedor. Blake respondeu com obcenidades e xingamentos que renderam multa de US$ 25 mil (R$ 53 mil)
Foto: Getty Images
11. Melky Cabrera Melky Cabrera estava na metade daquela que prometia ser a melhor temporada de sua carreira no beisebol quando testou positivo para testosterona e foi suspenso por 50 jogos. Ele ainda criou um esquema envolvendo um site falso o qual tentou culpar, mas não teve a culpa reduzida e está fora do San Francisco Giants
Foto: Getty Images
10. Kurt Busch Um das grandes personalidades da Nascar, Kurt Busch perdeu a cabeça ao ouvir uma pergunta capciosa de Bob Pockrass, um dos mais respeitados jornalistas da categoria. Irritado, o piloto ameaçou espancar o repórter com termos impublicáveis
Foto: Getty Images
9. John Terry John Terry já era mal visto pelos ingleses depois de ser revelada a história de como traiu sua esposa com a namorada do companheiro de Chelsea, Wayne Bridge. A denúncia de racismo contra Rio Ferdinand, do Manchester United, foi o auge do antidesportismo do ex-capitão da seleção inglesa
Foto: Getty Images
8. Cameron van der Burgh Cinco dias depois de conquistar a medalha de ouro nos 100 m peito, o sul-africano Cameron van der Burgh admitiu ter dado uma golfinhada extra além das permitidas. Provas de vídeo não podem ser utilizadas de forma retroativa para modificar o resultado das provas olímpicas, então ele ficou com a vitória apesar da vantagem indevida
Foto: Getty Images
7. Christine Sinclair A vitória dos Estados Unidos sobre o Canadá na semifinal do torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos de Londres não passou de uma fraude. Segundo a canadense Christine Sinclair, o árbitro definiu o resultado da partida antes mesmo de ela começar. Meses depois do ocorrido, ela ainda diz não se arrepender de dar essa declaração polêmica
Foto: Getty Images
6. Taoufik Makhloufi Uma lesão altamente contestável no joelho tirou Taoufik Makhloufi da briga por medalha nos 800 m nos Jogos Olímpicos de Londres. A suspeita de forjar o problema para se poupar para a final dos 1.500 m, para a qual era favorito, fez o Comitê Olímpico Internacional (COI) chegar a tirá-lo da disputa, mas Makhloufi acabou recolocado na prova e se sagrou campeão
Foto: Getty Images
5. Philip Hindes Quando viu que a equipe de ciclismo da Grã-Bretanha começou mal uma prova no velódromo durante os Jogos Olímpicos de Londres, Philip Hindes desistiu de tentar a recuperação e caiu de propósito, forçando o reinício da prova. O antidesportismo deu a oportunidade de chegar à conquista do ouro
Foto: Getty Images
4. Luiz Adriano O brasileiro Luiz Adriano chocou os torcedores na Liga dos Campeões, durante vitória do Shakhtar Donetsk sobre o Nordsjaelland: aproveitou bola devolvida por sua equipe para o adversário, um caso de Fair Play, para dominar, driblar o goleiro, que não esboçou reação, e marcar um dos gols da partida. O jogador acabou punido com uma partida de suspensão
Foto: Getty Images
3. Raffi Torres Conhecido pela truculência com a qual atua na Liga Americana de Hoquei (NFL) pelo Phoenix Coyotes, Raffi Torres recebeu 25 partidas de suspensão por falta perigosa, na qual acertou o rosto de um adversário. Trata-se da terceira maior suspensão da história da liga
Foto: Getty Images
2. Badminton olímpico Uma combinação de resultados durante o torneio feminino de badminton nos Jogos Olímpicos de Londres causou a exclusão de quatro duplas, por tentativa de manipulação das chaves de quartas de final
Foto: Getty Images
1. Lance Armstrong Eleito pela Sports Illustrated o maior antidesportista do ano, o ciclista Lance Armstrong mereceu o título ao protagonizar um dos maiores escândalos de doping da história do esporte. O americano comandou esquema de dopagem, o que incluiu incentivo para que seus companheiros de equipe tomassem testosterona também, e assim perdeu todos os títulos - incluindo sete da Volta da França