PUBLICIDADE

Lutas Olímpicas

Astro francês decide, e Brasil é prata entre equipes no Mundial de Judô

28 ago 2011 - 13h12
(atualizado às 14h57)
Compartilhar

Allan Farina
Direto de Paris

O Brasil conseguiu uma grande reação, mas não cumpriu com a tarefa de derrotar Teddy Riner e ficou com a prata da competição por equipes do Mundial de Judô. Neste domingo, em Paris, a Seleção conseguiu empatar o confronto após estar perdendo por 2 a 0, mas foi batida por 3 a 2. No duelo final, brilhou a estrela de Teddy Riner, gigante de 2,03 m e 130 kg, que está há três anos sem perder na categoria superior a 100 kg.

Dimtri Dragin, Ugo Legrand e Teddy Riner venceram as lutas da França na final, enquanto Leandro Guilheiro e Tiago Camilo fizeram os pontos do Brasil. Esta é a quarta prata masculina em Mundiais por Equipe, repetindo o resultado de 1998, 2007 e 2010. A Seleção jamais foi campeã da disputa coletiva.

Além da prata deste domingo, o Brasil encerrou sua participação na competição individual com cinco medalhas, um recorde no número de pódios. Leandro Cunha (-66 kg) e Rafaela Silva (-57 kg) ficaram com a prata, enquanto Sarah Menezes (-48 kg), Mayra Aguiar (-78 kg) e Leandro Guilheiro (-81 kg) conquistaram o bronze.

Na primeira luta, o brasileiro Leandro Cunha, prata na categoria até 66 kg, perdeu por ippon para Dimitri Dragin. A disputa terminou com uma decisão questionável da arbitragem, já que o golpe decisivo foi aplicado fora do quadrado amarelo, o que o invalidaria.

A esperança brasileira em seguir na competição estava com Leandro Guilheiro, que enfrentou Alain Schmitt. Bronze no meio-médio, o paulista fez uma luta equilibrada, na qual novamente o anfitrião atacou pouco e não foi punido. O duelo terminou sem pontos, assim como o encontro dos dois nas oitavas de final do peso meio-médio, e novamente os juízes escolheram o brasileiro como vencedor.

Tiago Camilo foi o próximo a entrar no tatame, e viu a arbitragem "mudar de lado". O francês Romain Buffet lhe aplicou um golpe que foi considerado wazari, mas os juízes o reconsideraram como yuko. No estouro do cronômetro, quando a torcida já comemorava, Camilo conseguiu um yuko para levar a luta ao Golden Score.

Sem interesse em lutar, Buffet se atirava no tatame sempre que o brasileiro atacava, fato ignorado pelos juízes. Pela segunda vez o resultado foi para a arbitragem, que foi unânime a favor do judoca brasileiro. Até mesmo a torcida francesa reconheceu a decisão, aplaudindo o vencedor.

A última luta foi o duelo entre Teddy Riner e Rafael Silva. O francês tomou a dianteira e ficou perto de concretizar um uchimata, mas o pesado brasileiro conseguiu escapar. Atuando com cautela, o brasileiro recebeu um shido quando faltam 1min52s para o final. Com 49s de prorrogação, porém, o gigante conseguiu seu yuko e a vitória para seu país.

O caminho do Brasil para chegar à final começou contra a Alemanha. Com atuações seguras, a Seleção venceu por 5 a 0 e seguiu para repetir o placar perfeito sobre o Uzbequistão. O adversário na semifinal foi a difícil Coreia do Sul, e Rafael Silva ganhou a última luta no Golden Score para decretar o triunfo por 3 a 2.

As medalhas de bronze ficaram com Coreia do Sul e Japão, duas equipes que caíram na semifinal. Os coreanos superaram a Rússia por 4 a 1 para obter sua medalha, enquanto o time nipônico foi ao pódio depois de derrotar a Geórgia por 3 a 2.

Com as conquistas deste domingo - os europeus venceram também o feminino por equipes -, a França ultrapassou o Japão e tornou-se o país que mais medalhas de ouro ganhou na competição. Foram quatro no individual e duas nas competições por equipes. O país asiático conquistou 5 ouros individuais.

Judocas franceses comemoram vitória na competição por equipes do Mundial
Judocas franceses comemoram vitória na competição por equipes do Mundial
Foto: AFP
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade