Atletas festejam 112 anos do Pinheiros e miram pódios no Pan
10 set2011 - 16h17
(atualizado às 16h54)
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CAROL ALMEIDA
Azul e preto, as cores particulares do Clube Pinheiros, estavam ainda mais presentes neste sábado pela manhã no centro poliesportivo, na comemoração dos 112 anos da instituição. Pessoas de todas as idades exibiam roupas, símbolos e adereços do clube ao qual são associados. E no meio do grupo de 3,5 mil pessoas no local, atletas brasileiros consagrados como Manuel dos Santos, Daiane dos Santos, Tiago Camilo e Bruno Fratus completavam a festa.
A cerimônia de aniversário contou com o tradicional desfile na pista de atletismo do clube. Primeiro se apresentou um grupo de dançarinos seguido de uma fanfarra. Depois, todos os atletas do clube de diversas modalidades como atletismo ou skate e os funcionários da instituição. Tudo isso com muita música e descontração das pessoas envolvidas na comemoração.
O presidente do Pinheiros, Luiz Eduardo Dutra, destacou que é uma honra representar um clube com tanto tempo de história e comentou a importância da instituição para o esporte brasileiro. "O Pinheiros é o maior formador de atletas do Brasil".
Associado ao clube já há trinta anos, Dutra disse que para os próximos anos a intenção do Pinheiros é continuar representando um paradigma no esporte brasileiro. "Queremos fazer uma gestão voltado ao associado e à formação de atletas, principalmente para dar ao Brasil a possibilidade de participações olímpicas e pan-americanas", disse o presidente às vésperas da competição de Guadalajara, em outubro.
Atletas do Pinheiros no Pan
São 60 atletas do Pinheiros com o passaporte já carimbado para o México, entre eles, Daiane dos Santos, na ginástica artística, Leandro Cunha, no judô, Bruno Fratus, na natação.
Em quinto no Mundial de Xangai nos 50 m livre, Fratus está com os treinos fortes, já se preparando para a Olimpíada de Londres em 2012. Mas, nesse mês de outubro, ele faz uma parada no México e está confiante em bons resultados: "vou nadar rápido e sair de lá com medalha".
Leandro Cunha é outro garantido em Guadalajara. Recém-chegado da França, onde conquistou a medalha de prata na disputa individual e na de equipes no Mundial de Judô de Paris, o atleta do Pinheiros já está com a cabeça e os treinos voltados para voltar de Guadalajara com bons resultados e medalhas. "Agora é focar para os jogos Pan-Americanos, para conseguir outra conquista importante na minha carreira".
História do Pinheiros
O Clube Pinheiros foi criado pelo alemão Hans Nobling com o nome Sport Clube Germania e com o foco no atletismo: o local sediou o 1º Campeonato de Atletismo Feminino em 1931. Em Los Angeles 1932, houve a estreia de um atleta do clube nos Jogos Olímpicos com a participação do Lúcio Almeida Prado de Castro, do salto com vara.
O nome Esporte Clube Pinheiros foi estabelecido em 1942 por causa do decreto de Getúlio Vargas que proibia da participação de estrangeiros em empresas e clubes.
Com o final da II Guerra Mundial e com o advento do futebol profissional, assim como muitas outras equipes da época o Pinheiros optou por se tornar um clube social com áreas de recreação e esportes amadores. Hoje, o local possui uma área de 170 mil m², dos quais 80 mil m² são constituídos de jardins e alamedas e 52 mil m² de áreas construídas.
Além de medalhas, a Seleção Brasileira coleciona apelidos. Alguns atletas nem são conhecidos por seus nomes verdadeiros dentro das equipes. Os únicos que escapam são Flávio Canto e Daniel Hernandes (que no máximo tem a maldosa alcunha de "Gordão"). Confira a seguir os apelidos dos judocas do País
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Prata no peso ligeiro, Sarah Menezes tem o apelido de "Sarinha" entre os atletas, forma de tratá-la com carinho e se referir ao tamanho da atleta
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Assim como Sarah, o apelido de Erika Miranda é uma forma de tratamento carinhosa: "Erikinha"
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
A impaciência de Rafaela Silva em passeios e compras em lojas por onde a Seleção vai fez com que a medalhista recebesse o apelido de "Âncora"
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Ketleyn Quadros seguiu a tradição dos diminutivos entre a equipe feminina: "Keka"
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Mariana Silva é outra que recebeu um diminutivo carinhoso entre os colegas de Seleção: "Mary" (com "y", como foi ressaltado pelas colegas)
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Natural de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, Maria Portela é a "Raçudinha" dos Pampas, uma referência a seu estilo no tatame
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Bronze na categoria até 78 kg, Mayra Aguiar é chamada de Mayrão na Seleção. A atleta também tem o apelido de Sereia, que lhe foi dado por seu treinador, Antônio Carlos Pereira, o Kiko
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Atleta do peso pesado, Maria Suellen Altheman tem apelido que faz referência a uma estrela da França. É chamada de "Sussu Riner", uma alusão ao tetracampeão mundial dos pesados, Teddy Riner
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Caçula da equipe masculina, Felipe Kitadai é conhecido entre os colegas como "Kita" e "Kitinha"
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Antes de disputar finais de Mundial de Judô, Leandro Cunha tinha o hábito de entregar salgados feitos por seus pais a seu treinador. Esse hábito lhe rendeu o apelido de "Coxinha"
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
O leve Bruno Mendonça é conhecido entre os judocas como "Mendoca" ou "Bruninho"
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Bronze no Mundial de Paris, Leandro Guilheiro é chamado de "Lelê" entre a equipe feminina
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O cabelo levemente ruivo e a presença de algumas sardas fizeram com que Tiago Camilo recebesse o apelido de "Rajado"
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O peso-médio Hugo Pessanha é conhecido como "Hugão" e "Foca"
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Campeão mundial em 2007, Luciano Correa é chamado de "Scooby Doo" devido à semelhança física, segundo a equipe feminina
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O meio-pesado Leonardo Leite recebeu um apelido divertido: Léo Milk
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Com 2,03 m de altura, Rafael Silva tem um apelido que não condiz com seu tamanho. É conhecido pro todos como "Baby", segundo ele porque era o mais novo em seu grupo de treinamento quando chegou a São Paulo