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Atlético-MG sai do caos e entra na história; veja 7 motivos

27 nov 2014 - 13h22
(atualizado às 14h06)
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Desde a conquista da Copa Libertadores em 2013, o Atlético-MG viveu um verdadeiro caos: foi eliminado pelo Raja Casablanca no Mundial de Clubes, perdeu o Campeonato Mineiro para o Cruzeiro, caiu nas oitavas de final da Copa Libertadores, trocou de técnico e perdeu astros como Bernard e Ronaldinho. É até difícil acreditar que, depois de tudo isso, o elenco de jogadores tenha se reerguido com um título único na história do Atlético-MG, a Copa do Brasil.

Mesmo sendo difícil, é sempre um bom exercício refletir sobre esses grandes momentos do futebol. Veja 7 motivos para entender como o Atlético-MG se reergueu:

Contratação de Levir Culpi

<p>Levir Culpi é o principal responsável pela recuperação, mas sempre dá os créditos para os jogadores</p>
Levir Culpi é o principal responsável pela recuperação, mas sempre dá os créditos para os jogadores
Foto: Yuri Edmundo / Gazeta Press

Era um técnico que estava até esquecido no Brasil, pois tinha se mudado para treinar o Cerezo Osaka no Japão em 2007. Mas O Atlético-MG tinha uma história com ele e resolveu chamá-lo de volta.

A aposta foi certeira: rapidamente Levir tomou decisões acertadas, tanto internamente quanto dentro de campo. Os jogadores relatam que ele teve facilidade para "ganhar o vestiário", ou seja, conquistar o respeito de todos.

Levir nem sabe como isso aconteceu e prefere dar todos créditos aos jogadores. "Começamos a criar uma amizade com atitudes legais de uns com os outros. Como foi com o Pierre, que teve um irmão assassinado, mas se apresentou para jogar. Então eu coloquei ele como capitão. Como o Edcarlos, que não é titular, mas está sempre organizando os jogadores e fazendo o correto", exemplificou o técnico.

Fim da concentração no CT

<p>Cidade do Galo tem estrutura para concentrar jogadores, mas atualmente os profissionais só vão lá para treinar</p>
Cidade do Galo tem estrutura para concentrar jogadores, mas atualmente os profissionais só vão lá para treinar
Foto: Bruno Cantini / Divulgação

Em agosto, quando percebeu que já tinha comando do grupo, Levir resolveu tomar uma atitude que ainda causa polêmica no futebol brasileiro: aboliu a concentração dos jogadores na Cidade do Galo. Todos foram liberados para se apresentar apenas nos dias de jogos.

A atitude é amigável, mas ele foi duro na época: "é uma troca, uma reciprocidade de profissionalismo. Vamos ver como isso acontece. Porque se não houver essa reciprocidade, quem sai sou eu". Ele não saiu e os dois lados se entenderem bem demais.

Movimentação

<p>Luan é o maior símbolo da movimentação intensa do Atlético-MG</p>
Luan é o maior símbolo da movimentação intensa do Atlético-MG
Foto: Alan Morici / FramePhoto

Desde que Levir chegou ao Atlético-MG, impressionou a capacidade de movimentação do time no ataque. Ele soube colocar jogadores rápidos para trocarem de posições com inteligência. Com isso, a participação de Diego Tardelli como meia ou as chegadas de Luan como centroavante, por exemplo, decidiram muitos jogos a favor do Atlético-MG.

Raça

<p>Jogo entre Atlético-MG e Corinthians teve muita superação</p>
Jogo entre Atlético-MG e Corinthians teve muita superação
Foto: Alexandre Schneider / Getty Images

Nenhum time brasileiro pode dizer que é mais raçudo que o Atlético-MG atualmente. As vitórias no mata-mata contra Corinthians e Flamengo foram simbólicas, pois em ambas o time reverteu uma vantagem de 2 a 0 aplicando uma goleada por 4 a 1. E no Campeonato Brasileiro também pode ser comprovado que o Atlético-MG acredita até o fim e joga melhor nos últimos 30 minutos: tem 30 gols marcados e apenas 20 sofridos nesse período dos jogos.

Afastamento de jogadores

<p>Ataque do Atlético-MG perdeu Jô e André por problemas de comportamento</p>
Ataque do Atlético-MG perdeu Jô e André por problemas de comportamento
Foto: Marcellus Madureira / Especial para o Terra

Mesmo em boa fase, o Atlético-MG teve que superar uma turbulência neste mês. O clube resolveu suspender três jogadores por 30 dias. Jô, André e Emerson Conceição cometeram graves atos de indisciplina e foram punidos. Poderia sem um problema em outros clubes mais conturbados. Mas no Atlético-MG virou um exemplo do que os atletas não devem fazer para continuar no time.

Sem polêmica antes da final

<p>Goulart provocou antes do jogo e foi provocado depois</p>
Goulart provocou antes do jogo e foi provocado depois
Foto: Pedro Vilela / Getty Images

Aconteceu um verdadeiro jogo de provocações antes da partida decisiva da Copa do Brasil. Alguns atletas e até um dirigente do Cruzeiro partiram para ofensiva com declarações polêmicas. O Atlético-MG preferiu ficar quieto. Perdeu o jogo das polêmicas, mas ganhou aquele que importava mais.

Mas as provocações dos cruzeirenses não foram esquecidas pelos atleticanos. Após o título, Marcos Rocha respondeu diretamente a Ricardo Goulart: "teve jogador aí fincando bandeira no gramado, teve jogador que mandou recado de áudio, jogador que disse que ia comer galinha. Nós não. Se pegar as entrevistas, vão ver que a gente sempre respeitou o Cruzeiro e respeitamos também dentro de campo. Quem fez isso foi o Ricardo Goulart. Então está aí”.

Vale lembrar ainda que o Atlético-MG teve que lidar com outras provocações na Copa do Brasil. Contra o Corinthians aconteceu a dança do Mano Menezes, que depois foi ironizada pelos jogadores atleticanos. Contra o Flamengo as provocações surgiram na imprensa, mas o Atlético-MG provou que não é "freguesão", como ficou estampado na capa de um jornal.

Desgaste físico

<p>Éverton Ribeiro sofreu com desgaste físico e não conseguiu jogar bem contra o Atlético-MG</p>
Éverton Ribeiro sofreu com desgaste físico e não conseguiu jogar bem contra o Atlético-MG
Foto: Yuri Edmundo / Gazeta Press

Não era apenas uma desculpa do Cruzeiro: ficou evidente em campo a diferença física das duas equipes. Até mesmo o técnico Levir Culpi assumiu que isso fez diferença no jogo e favoreceu o Atlético-MG: "deu para ver que teve algum cansaço dos jogadores em alguns momentos sim".

O técnico Marcelo Oliveira teve ainda mais motivos para lamentar essa questão: "ninguém consegue jogar tantas partidas consecutivas e decisivas sem prejuízo. Poderia ter sido melhor se tivéssemos um pouco de descanso. É uma coisa que vem de anos e ninguém faz nada para melhorar", afirmou, criticando o lamentável calendário do Campeonato Brasileiro.

Wallpaper: Atlético-MG - Campeão da Copa do Brasil 2014 Wallpaper: Atlético-MG - Campeão da Copa do Brasil 2014

Fonte: Terra
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