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Coadjuvante em homenagem, meia vira protagonista do Sport

28 jul 2014 - 13h38
(atualizado às 13h39)
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<p>Felipe Azevedo comemora primeiro gol do Sport diante do Atlético Mineiro</p>
Felipe Azevedo comemora primeiro gol do Sport diante do Atlético Mineiro
Foto: Renato Spencer / Getty Images

O atacante Felipe Azevedo poderia até ter perdido a vaga no time titular do Sport. Foi um dos atletas criticados na escalação do treinador Eduardo Baptista, pela torcida e até mesmo pela crítica esportiva. Para acabar, recebeu o nome de um personagem secundário do livro O Auto da Compadecida na homenagem que o clube fez ao escritor Ariano Suassuna, morto na semana passada, durante a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, na Ilha do Retiro, no domingo. 

Com o nome Eurico nas costas de Felipe Azevedo, o departamento de marketing do Sport deixava claro que não se esperava dele o papel de protagonista, que poderia ter ficado para o goleiro Magrão (João Grilo), para o zagueiro Durval (Severino de Aracaju) ou para o centroavante Neto Baiano (Chicó).

Veja os gols de Sport 2 x 1 Atlético-MG pelo Brasileirão:

Mas, mesmo sofrendo as piadas naturais de quem tem o nome de um marido traído nas costas, o atacante conseguiu mostrar para os companheiros e adversários que poderia fazer a diferença. Se o padeiro Eurico sofre na mão da esposa Dora na história de Ariano Suassuna, Felipe fez sofrer os mineiros que foram torcer pelo seu time nas arquibancadas da Ilha do Retiro.

Afinal, o que seria do futebol sem as reviravoltas? O Sport vinha mal, e os dois atacantes do Atlético-MG já tinham perdido chances claríssimas na frente do goleiro Magrão, mas Felipe Azevedo começou a se destacar ainda no fim do primeiro tempo, tendo sido fundamental para o Sport dar uma pressão após o adversário mostrar melhor futebol.

Primeiro, Azevedo tentou chutar de fora da área, a bola bateu no zagueiro do Atlético e ele mesmo conseguiu pegar o rebote para servir Neto Baiano sozinho, mas o centroavante tentou bater de primeira e desperdiçou. Aos 43min, driblou o lateral para chegar à linha de fundo e cruzar na cabeça de Zé Mário, mas o meia, sem marcação, mandou por cima.

Sobrou para o atacante uma função que quem está acostumado a servir nem sempre pode usufruir, a de protagonista. No segundo tempo, recebeu passe de Durval e marcou o primeiro gol. Depois ainda conseguiu retribuir o presente do zagueiro e servi-lo para que o capitão do time fizesse o 2 a 0.

Se em O Auto da Compadecida o personagem Chicó (que foi encarnado por Neto Baiano) trai o patrão Eurico com sua esposa Dora e ainda dá surra no padeiro, diante do Atlético Mineiro Felipe Azevedo deixou impressão de que é o parceiro ideal para Neto Baiano no ataque do Sport. Mas na ficção, foi o goleiro Magrão que recebeu o nome do amigo João Grilo, enquanto o outro atacante do Sport teve nas costas o nome do padeiro traído.

Fonte: Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra
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