Cuca define Atlético-MG para pegar Corinthians e elogia Jô
25 mai2012 - 18h28
(atualizado às 19h34)
Compartilhar
O time do Atlético-MG está pronto para o jogo contra o Corinthians, no próximo domingo, na segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico Cuca comandou nesta sexta-feira mais um treinamento coletivo e repetiu a mesma formação dos últimos dias. Recentemente contratado, o atacante Jô pode ser relacionado e ficar no banco de reservas contra o clube que o revelou.
» Veja opções de jogadores para o seu time repatriar no BrasileiroSem o lateral direito Carlos César, que está entregue ao departamento médico, Cuca escalou Marcos Rocha no setor - esta deve ser a única mudança em relação à equipe que venceu a Ponte Preta, em Campinas, pela primeira rodada. O treinador ainda não poderá contar com os jogadores que estão no departamento médico.
Ao todo são seis atletas afastados por lesão: os volantes Serginho, Leandro Donizete e Fellipe Soutto e os atacantes Neto Berola e Guilherme. Logo após o confronto contra a Ponte, Carlos César com dores musculares também se juntou ao grupo dos lesionados.
O time que começou o treinamento e que deve atuar contra o Corinthians teve a seguinte formação: Giovanni; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Richarlyson; Pierre, Dudu Cearense, Bernard, Mancini e Danilinho; André. O recém-contratado Junior César treinou normalmente no time reserva, mas ainda não foi apresentado oficialmente.
Sem fazer mistério, Cuca já confirmou que se nada acontecer, que este será o time para o clássico de domingo. "É o mesmo time que trabalhou. A gente está com o DM carregado, seis ou sete jogadores, e mais uma vez vai se fazer necessária a força de grupo, como tem sido ao longo do ano", disse Cuca.
A novidade para enfrentar o time paulista pode ser o atacante Jô. O nome do jogador foi publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta sexta-feira, e ele está liberado para atuar. Com isso, o técnico Cuca deve convocar o atacante para a partida, mas o atleta fica no banco de reservas. Nem por isso, o jogador contratado junto ao Internacional deixou de ser elogiado - apesar dos problemas extracampos acumulados em Porto Alegre.
"Ele teve alguns problemas no Internacional, mas é um rapaz novo. Isso vai servir como lição de vida para o futuro. Tivemos uma conversa séria de homem para homem antes da apresentação", comentou o treinador. "O Jô é definidor, referência. Chegou ao treino e fez gols. Está se sentindo à vontade. Tenho esperanças e confiança que ele vai fazer muitos gols", ressaltou.
A eliminação do Fluminense diante do Boca Juniors nas quartas de final da Copa Libertadores da América de 2012 foi apenas o capítulo mais recente dos fracassos de clubes brasileiros diante do mais popular clube da Argentina. Antes disso, o Boca já havia eliminado times do País em 17 vezes entre as principais competições sul-americanas. Relembre o retrospecto:
Foto: Getty Images
O Palmeiras, campeão da Libertadores de 1999, parecia caminhar triunfante para o bicampeonato em 2000. Porém, o Boca Juniors apareceu para atrapalhar e fez dois jogos dramáticos na decisão, com um 2 a 2 na Argentina e um 0 a 0 em São Paulo - nos pênaltis, vitória auriazul por 4 a 2. Os corintianos festejaram, mas passaram por situação parecida em 1991, nas oitavas de final: 3 a 1 para o Boca lá, e empate por 1 a 1 aqui.
Foto: AFP
Campeão brasileiro em 2000, o Vasco da Gama não mostrou muita força nas quartas de final da Libertadores de 2001, quando perdeu para o Boca Juniors por 1 a 0 em casa e 3 a 0 fora - Guillermo Barros Schelotto fez três dos quatro gols. Curiosamente, dez anos antes, o Flamengo caía na mesma fase: apesar de vencer no Brasil por 2 a 1, perdeu fora de casa por 3 a 1.
Foto: AFP
Nas semifinais da Libertadores de 2001, o Palmeiras parecia ter aprendido o caminho para dar o troco da derrota na final do ano anterior. Se passasse, já estaria no Mundial Interclubes, pois o outro finalista era o Cruz Azul, sem filiação à Conmebol. Porém, qual não foi a surpresa? Empate por 2 a 2 na Argentina, por 2 a 2 em São Paulo e nova queda nos pênaltis: 3 a 2.
Foto: Getty Images
A passagem do Paysandu pela Libertadores de 2003 deixou saudades entre os torcedores de diversos times, graças à boa campanha na primeira fase - com direito a uma vitória fora de casa sobre o Cerro Porteño por 6 a 2. O time parecia fazer mágica nas oitavas de final, quando venceu o Boca Juniors em La Bombonera por 1 a 0, gol de Iarley; no entanto, apanhou por 4 a 2 no Estádio do Mangueirão e viu os argentinos irem adiante.
Foto: AFP
Em 2003, Santos e Boca Juniors se reencontravam na final de uma Libertadores, 40 anos de disputarem o título com vitória de Pelé e companhia; desta vez, porém, a geração de Diego e Robinho levou a pior e teve que amargar duas derrotas, com 2 a 0 para o Boca na Argentina (Marcelo Delgado fez duas vezes) e 3 a 1 no Estádio do Morumbi (Tévez, Delgado e Schiavi marcaram, e Alex descontou)
Foto: Gazeta Press
Sensação do Brasil na primeira metade da última década, o São Caetano também não foi poupado da "maldição" do Boca Juniors. Nas quartas de final da Copa Libertadores de 2004, o time paulista ficou no 0 a 0 em casa e empatou fora por 1 a 1. Nas cobranças de pênaltis, deu Boca Juniors, por 4 a 3. O time argentino foi até as finais, mas acabou surpreendido pelo Once Caldas, que foi campeão.
Foto: AFP
O Internacional ainda era um time em construção quando, em 2004, cruzou o caminho do Boca Juniors nas semifinais da Copa Sul-Americana. Derrotado por 4 a 2 no Estádio de La Bombonera na partida de ida (foto), o Inter pouco conseguiu fazer no Estádio do Beira-Rio na volta, quando conseguiu apenas o empate por 0 a 0. Na decisão, os argentinos conquistaram o título sobre o Bolívar: derrota por 1 a 0 fora de casa, vitória por 2 a 0 na Argentina.
Foto: AFP
A eliminação do ano anterior parecia ter valido algo para o Internacional quando, em 2005, o time cruzou o caminho do Boca Juniors mais uma vez na Copa Sul-Americana - desta vez, pelas quartas de final. Na partida de ida, no Brasil, os colorados venceram por 1 a 0, graças a um gol de Fernandão nos acréscimos; porém, na volta, o Boca deu o troco e venceu por 4 a 1, graças a três gols de Rodrigo Palacio e um de Martín Palermo - Rafael Sóbis descontou
Foto: Gazeta Press
Disputada em setembro de 2006, a Recopa Sul-Americana de 2005 reuniu os campeões de 2005 da Libertadores (São Paulo) e da Copa Sul-Americana (Boca Juniors). Adivinha o que aconteceu? O Boca venceu em casa por 2 a 1 e segurou o 2 a 2 no Estádio do Morumbi. Aliás, em 1994, os dois já haviam se enfrentado nas semifinais da Supercopa da Libertadores, e o Boca também levou a melhor: venceu em casa por 2 a 0 e perdeu fora por 1 a 0.
Foto: Gazeta Press
A final da Libertadores de 2007 entre Grêmio e Boca Juniors reuniu dois times em condições técnicas muito distintas - e o placar resumiu bem tamanha diferença, com vitórias do Boca por 3 a 0 em Buenos Aires e 2 a 0 em Porto Alegre (foto). Em compensação, nas semifinais da Supercopa da Libertadores de 1989, o páreo foi mais duro: 0 a 0 no Rio Grande do Sul e 2 a 1 para eles na Argentina
Foto: AFP
Na Libertadores de 2008 (foto), o Cruzeiro caiu diante nas oitavas, com derrotas por 2 a 1 lá e cá. Antes disso, em 1977, os dois times fizeram finais equilibradas na competição: o Boca venceu por 1 a 0 na Argentina (gol de Veglio) e o Cruzeiro devolveu o placar no Brasil (Nelinho fez). O título só saiu em um jogo-extra em Montevidéu, nos pênaltis (5 a 4) após um 0 a 0. Em compensação, o Atlético-MG sofreu em 1978, lanterna do triangular semifinal, com duas derrotas para o Boca.