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Final tem ingresso desvalorizado, protesto político e Raja

26 nov 2014 - 21h05
(atualizado às 23h40)
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<p>Protesto critica o atual governo federal, mas diz que não é partidário</p>
Protesto critica o atual governo federal, mas diz que não é partidário
Foto: Allan Brito / Terra

Belo Horizonte já está parada e totalmente voltada para o clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, que decide a Copa do Brasil nesta quarta-feira. O jogo foi marcado para as 22h (de Brasília), mas muito antes disso o trânsito na capital mineira já estava travado porque os torcedores foram cedo ao Mineirão. Os arredores do estádio tiveram situações curiosas, como cambistas que desvalorizaram os ingressos e também um protesto político. Além, é claro, de muitas provocações.

A principal aglomeração de cruzeirenses aconteceu no lado sul do estádio, perto do hall principal, onde o ônibus do time entrou. A torcida acendeu sinalizadores, soltou fogos de artíficio e mostrou cartazes com as quatro taças que o Cruzeiro conquistou na Copa do Brasil. Com certeza a provocação mais curiosa foi uma bandeira do Raja Casablanca empunhada por um torcedor - o time marroquino eliminou o Atlético-MG na final do Mundial de Clubes de 2013.

<p>O atleticano tenta esquecer o Raja, mas os cruzeirenses não deixam</p>
O atleticano tenta esquecer o Raja, mas os cruzeirenses não deixam
Foto: Allan Brito / Terra

Entre tanta comemoração, um barulho destoante aparecia: Ana Elisa levou um megafone e fez um protesto político na frente do Mineirão. Ela e outras duas pessoas seguravam uma faixa com as inscrições "eles sabiam de tudo" e "que país é esse?". De acordo com Ana, trata-se de um movimento chamado "Indignados", que vai organizar protestos em todo o Brasil no próximo sábado, às 14h (de Brasília). A ideia é reclamar da corrupção, principalmente de quem está no governo federal, mas ela diz que não há qualquer envolvimento partidário no protesto.

Enquanto a reportagem tentava conversar com Ana, muitos cruzeirenses reagiam ao protesto dela. Alguns apoiavam, outros mandavam "vai embora, tia. Aqui é Cruzeiro!". Ela fez um saldo positivo. "A maioria está dizendo que tem que tirar esses ladrões mesmo. Só teve um que falou que eu sou do pó (referência a boatos sobre a vida pessoal de Aécio Neves). Mas eu não sou. Se ele roubou, tem que ser preso também", defendeu-se.

A única coisa que acontecia quase em silêncio era a venda de ingressos feita por cambistas. Algumas pessoas se infiltravam na torcida e ofereciam quase sussurando, já que a polícia estava de olho. Mas com um detalhe diferente: muitas entradas estavam desvalorizadas. Ingressos que custavam R$ 400 agora valem R$ 300, porque existe pouca procura - as bilheterias ainda estão abertas e certamente o estádio não vai ficar lotado. Cerca de 40 mil ingressos foram vendidos antecipadamente, mas o alto custo de alguns setores espantou os cruzeirenses.

Entre os atleticanos, a situação é parecida: por serem visitantes, eles tinham uma carga ínfima de ingressos, 1.813, algo que foi definido após muita polêmica nesta semana. O preço estipulado oficialmente era de R$ 500, mas a grande maioria conseguiu comprar mais barato. Alguns usaram as bilheterias da MinasArena, que normalmente já vendem por um preço menor, e outros até conseguiram ganhar entradas de graça com a diretoria do Atlético-MG.

Quem tem o melhor time: Cruzeiro ou Atlético-MG? Quem tem o melhor time: Cruzeiro ou Atlético-MG?

Fonte: Terra
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