Enquanto Pratto está nos braços da massa, Dátolo vive crise

Luciano Dias

27 jul 2015 - 15h17

(atualizado às 15h20)

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Um é aplaudido e idolatrado pelos atleticanos. O outro convive com críticas dos torcedores. Lucas Pratto e Dátolo, os argentinos do Atlético-MG, vivem realidades bem diferentes. A fase oposta dos dois jogadores pôde ser vista na vitória sobre o Figueirense (1 a 0), no último sábado, no Independência. Enquanto Pratto foi elogiado por grandes jogadas e pelo gol da vitória, Dátolo cometeu erros que irritaram a torcida.

Pratto chegou ao clube em janeiro depois de ter sido eleito o melhor jogador atuando no Campeonato Argentino do ano passado. Com muita raça e técnica, o atacante vem correspondendo à expectativa dos torcedores. Com 14 gols, ele é o estrangeiro que mais vezes balançou as redes adversárias com a camisa atleticana.

“A gente às vezes lamenta de ter que elogiar um argentino. O Pratto é muito querido. Ele tem um estilo diferente de jogo. Não tem um estilo clássico, moderno de jogo. É engraçado, ele tem um estilo eficiente. Então, ele passa isso pro torcedor”, comentou o técnico Levir Culpi.

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O meia-atacante Guilherme não economizou elogios ao futebol apresentado por Pratto e ainda brincou com o porte físico do argentino. “O Pratto é estranho. É grande, torto. A gente brinca muito com ele, mas é um baita jogador. Um cara fantástico fora de campo. Pode ter certeza que da minha parte procuro fazer de tudo dentro de campo para poder ajudá-lo porque é um cara que joga pro time. Ele Joga com paixão e com dedicação”, disse.

A realidade de Dátolo no Atlético é outra. O armador, que teve papel importante na conquista da Copa do Brasil do ano passado, convive com altos e baixos desde a chegada ao clube, em agosto de 2013. Contra o Figueirense, no último sábado, o jogador recebeu vaias de parte da torcida ainda no primeiro tempo. Situação que preocupa o técnico atleticano.

“Por isso, o técnico tem que ganhar muito. Tem que treinar a diretoria, os jogadores, a torcida e tudo mais. Tem que canalizar uma coisa positiva pra um lugar só. É difícil, você não contenta todo mundo. Eu entendo a situação do torcedor. Torcedor reage vaiando, aplaudindo, mas tem que saber lidar com isso também”, destacou Levir Culpi.

Levir reforça que Atlético-MG não está pronto para o título:

Dátolo assume que se incomoda com as críticas dos torcedores, mas mostra confiança em dar a volta por cima. “Me sinto um pouco mal. Mas tem pessoas que me aplaudiram, que entenderam que meu momento não é muito bom. Ainda estou voltando de uma lesão. É difícil voltar. Mas eu sou muito forte e em breve vou voltar com tudo”.