Levir mostra sinceridade e critica CBF e futebol do Brasil
Uma das marcas do técnico Levir Culpi nesta volta ao Atlético-MG em 2014 tem sido a sinceridade. E nesta sexta-feira, na Cidade do Galo, o treinador voltou a divulgar verdades que esconde. Na coletiva do comandante alvinegro, ele criticou, mais uma vez, o calendário do Campeonato Brasileiro, sobrando para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), destacou que o futebol brasileiro passa por uma crise. Ele ainda lamentou ter que jogar um clássico com torcida única.
Primeiro o treinador falou da crise que o futebol brasileiro vive. Questionado sobre o nível técnico do Campeonato Brasileiro, quando é possível ver bons jogos entre clubes da parte de cima da tabela, porém, partidas ruins entre equipes inferiores, Levir acredita em grande desequilíbrio.
“Sim, vejo (futebol brasileiro em crise). Estamos polarizando. Os times tidos como grandes estão permanecendo e os médios e pequenos desaparecendo. Está tendo desequilíbrio grande em um país grande”, explicou.
Levir voltou a lamentar o grande número de jogos do Atlético-MG. “Tem de rever o futebol em função do calendário, de profissionais que ganham muito e de outros que ganham pouco. É um erro da CBF, principalmente da CBF”, completou. Vale lembrar que há dois dias Emerson Sheik criticou abertamente a CBF após um jogo entre Botafogo e Bahia. O técnico criticou ainda ter que jogar como visitante no Mineirão.
A situação incomoda, pois, o Atlético-MG manda seus jogos no Independência e não consegue dividir a torcida e o presidente, Alexandre Kalil, não aceita ir para o gigante da Pampulha. Com isso, cada time quando joga “fora” tem apenas 10% - inclusive o Cruzeiro já abriu mão de sua carga por já ter tido problemas com seus torcedores.
Levir também criticou a situação. “Acho ridículo, não sei quem inventou isso de torcida unida. Em jogo de torcidas só pode ir uma, acho inaceitável. Mas pode pesar um pouco sim (a favor do Cruzeiro). Mas no caso de duas equipes, os jogadores são tarimbados, acostumados a conviver sob pressão, não impede que a gente faça um grande jogo”, finalizou.