Veja como Cruzeiro e Atlético montaram seus elencos campeões

Já faz dois anos que os mineiros são os donos do futebol nacional. O Cruzeiro de Marcelo Oliveira conquistou com folga os dois últimos Campeonatos Brasileiros, enquanto o Atlético-MG foi campeão da Libertadores 2013 com Cuca e da Copa do Brasil 2014 com Levir Culpi. Mas como esses elencos vencedores foram formados? Como os rivais de Minas se armaram para superar os rivais? O Terra mostra como cada time trouxe os 25 jogadores mais utilizados no Brasileiro deste ano. Prepare-se para algumas surpresas...

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Primeiro, é claro que os dois times investiram bastante dinheiro em alguns nomes. Mas o Cruzeiro foi mais moderado nos gastos. O jogador mais caro foi o zagueiro Dedé, que custou R$ 14 milhões junto ao Vasco; em seguida aparecem Manoel (R$ 9 milhões), Dagoberto (R$ 7 milhões) e Marlone (R$ 5 milhões). O atacante Willian foi comprado por R$ 10 milhões, mas o Cruzeiro saiu no lucro com ele, já que o atleta havia chegado por empréstimo um ano antes, envolvido na saída de Diego Souza, pela qual o clube celeste levou R$ 18 milhões.

Já o Atlético-MG teve gastos mais exacerbados. O jogador mais caro foi um fiasco: o atacante André custou cerca de R$ 19 milhões para sair do Dínamo de Kiev, mas nunca emplacou no Galo e acabou dispensado por indisciplina em novembro. Outros investimentos altos foram Diego Tardelli (R$ 14 milhões), Maicosuel (R$ 10 milhões), Victor (R$ 8 milhões, mais o zagueiro Werley) e Jô (R$ 7 milhões) - este último, importante na Libertadores, mas também afastado por problemas disciplinares.

Cruzeiro faz mais "pechinchas"

Mas nem só de fortunas investidas vivem os elencos mineiros. O Cruzeiro, por exemplo, se especializaram em fazer "pechinchas" por jogadores que hoje valem muito mais. Para ter os destaques Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, pagou só R$ 4 milhões por cada um. O zagueiro Léo custou só R$ 1 milhão, mais os direitos de Leandro Amaro, que não foi exatamente um sucesso no Palmeiras. Borges veio em troca de 10% dos direitos do meia Bernardo, enquanto Henrique chegou na troca por Montillo, que ainda rendeu R$ 16 milhões aos cofres celestes.

O Atlético-MG também fez bons negócios nesse sentido. O volante Leandro Donizete, por exemplo, custou só R$ 450 mil junto ao Coritiba, enquanto o xodó Luan certamente tem um bom custo-benefício: chegou por cerca de R$ 1,4 milhão após ótima temporada na Ponte Preta.

Os dois times também têm olho vivo no mercado para fisgar jogadores em fim de contrato ou contratar atletas por empréstimo. Nomes como Egídio, Nilton, Ceará e Júlio Baptista chegaram a custo zero para o Cruzeiro; o mesmo aconteceu com Leonardo Silva, Dátolo e Josué no Atlético-MG.

Quando não dá para comprar, emprestar também é uma ótima saída. Assim o Cruzeiro fez com Willian e Bruno Rodrigo antes de adquirir os jogadores em definitivo; também foram os casos do artilheiro Marcelo Moreno e do paraguaio Samudio. No Atlético, Pierre também começou apenas emprestado, enquanto jogadores como Pedro Botelho, Douglas Santos e Rafael Carioca jogaram esta temporada na mesma condição.

Força da base mostra seu valor

Por fim, investir na formação de jogadores é sempre a melhor saída para economizar. Da base do Cruzeiro saíram titulares como Mayke e Lucas Silva, além das promessas Alisson e Eurico. O Atlético-MG usou ainda mais nomes formados em casa: Marcos Rocha (que passou por vários empréstimos antes de se firmar), Jemerson e Carlos são os maiores destaques, mas também há bons valores como Alex Silva, Marion e Eduardo.

Veja como cada time montou seu elenco campeão