"Se eu disser que nestes dias chegaram sondagens dos Estados Unidos, mundo árabe, Turquia e Europa, não acreditariam. Mas foi isso mesmo que aconteceu", contou o jogador ao canal Sky Sports, de acordo com o jornal português O Jogo.
Na última semana, Adriano foi flagrado em uma balada na cidade de Curitiba e faltou a treinos. O Atlético-PR havia sido eliminado da Copa Libertadores na terça-feira, após derrota na Bolívia, e decidiu encerrar o acordo com o atacante. Adriano afirma ainda não ter pressa para definir o futuro.
"Decidi refletir um pouco antes de recomeçar uma outra aventura, já que acabei de interromper a última experiência. Quero continuar a jogar, isso é certo", comentou.
Adriano já faltou em treino, ficou desaparecido, brigou com a mulher em local público, posou fazendo sinal de facção criminosa, apresentou-se acima do peso para uma Copa do Mundo. Nesta sexta-feira, faltou a dois treinos do Atlético-PR depois de ser flagrado em noitada em Curitiba e teve a dispensa anunciada. Relembre 15 polêmicas de Adriano.
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A última polêmica de Adriano se deu após a eliminação do clube na primeira fase da Copa Libertadores. Em seu último dia de folga, o jogador compareceu a show da funkeira Anitta em Curitiba (PR). No dia seguinte, não compareceu à reapresentação do elenco e perdeu duas sessões de treinamento. Horas depois, teve a dispensa anunciada.
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No Atlético-PR, Adriano se envolveu em polêmica com o então técnico Miguel Ángel Portugal, no duelo contra o Vélez Sarsfield-ARG, em Buenos Aires, quando reclamou por ser chamado para entrar na partida logo depois de o time levar o segundo gol
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No intuito de retomar a carreira, Adriano voltou ao Flamengo, palco de glórias, em 2012 para fazer a recuperação física. Foi dispensado pelo clube depois de 75 dias, com seis faltas e nenhum jogo realizado.
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Em agosto de 2012, sem demonstrar motivação e longe da recuperação física esperada pelo Corinthians, Adriano deixou o clube do Parque São Jorge, pouco mais de um mês após a equipe alvinegra conquistar a Copa Libertadores. O jogador, inscrito na primeira fase, ficou sem a medalha de campeão do torneio sul-americano
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Em entrevista ao Fantástico, Adriano afirmou que se sentiu humilhado com exigência do Corinthians em mantê-lo concentrado no CT Joaquim Grava. Também disparou contra o então técnico Tite, afirmando que faltou comunicação, e disse que foi mandado embora depois de se recusar a subir na balança pelo terceiro dia seguido no clube.
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Adriano encontrou tempo para se envolver em uma polêmica antes mesmo de estrear no Corinthians. O atacante chegou em março de 2011 e em abril sofreu uma lesão esquerdo que demandou uma cirurgia no tornozelo. Durante o período de recuperação, ele faltou a 42 sessões de fisioterapia, segundo a TV Bandeirantes, o que corresponde a 1/3 do tratamento. O clube negou a informação, mas admitiu no fim de setembro, a poucos dias da estreia, que o jogador estava 4,5 kg acima do peso
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Em 2009, o Flamengo brigava pelo título brasileiro e em uma partida decisiva diante do Corinthians na penúltima rodada precisou escalar Bruno Mezenga em vez de Adriano. O motivo? Uma bolha no pé esquerdo do astro, que alegou ter machucado o local ao pisar em uma lâmpada de jardim. O diário Extra, no entanto, publicou que ele estava de carona na moto de um amigo e tocou o cano de escapamento com o pé
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No ano seguinte, as seguidas críticas recebidas fizeram o centroavante desabafar após marcar diante do Vasco: "que Deus perdoe essas pessoas ruins", estava escrito em sua camiseta. Na ocasião, ele voltava a atuar depois de se envolver em um escândalo com a namorada, Joana Machado, que apedrejou o carro do atleta depois de surpreendê-lo em um baile funk em uma favela do Rio de Janeiro. "Quem nunca saiu na mão com a mulher?", afirmou Bruno, então goleiro do Flamengo, defendendo o colega
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Em maio, Adriano anunciava que deixaria o Flamengo para "apagar" a imagem ruim que havia deixado na Itália. Mas não conseguiu. Em nove meses na Roma, ele atuou por 350 minutos, não marcou gols e entrou em desavenças com o técnico Claudio Ranieri. Em um clássico com a Inter de Milão, o jogador ficou muito tempo aquecendo e, quando foi chamado para entrar em campo só aos 40min do segundo tempo, respondeu jogando sua caneleira para longe e não quis atuar
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Em fevereiro passado, o carioca ainda pertencia à Roma e se atrasou bastante para se reapresentar na Europa. Em férias "prolongadas" no Brasil, ele passou por uma blitz da Lei Seca na Barra da Tijuca e, segundo policiais, apresentava sinais visíveis de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Como resultado, pagou multa de R$ 957 e teve a carteira de motorista apreendida por cinco dias
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Mas as polêmicas de Adriano datam de longa data. Em 2006, ele se apresentou para disputar a Copa do Mundo, em junho, em má forma física e técnica. Sem brilho, foi considerado um dos culpados pela eliminação do Brasil nas quartas de final e em agosto seria criticado pelo presidente da Inter de Milão, seu clube na época. Massimo Moratti disse que o atleta parecia "bem gordo" durante o Mundial
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De ídolo da Inter, o brasileiro não tinha mais espaço na equipe italiana. O momento ruim se prolongou e ele nem sequer foi inscrito para a Liga dos Campeões de 2007/08, barrado pelo treinador Roberto Mancini (à esq.). À imprensa, o jogador admitiu que estava com depressão e recorreu ao álcool para amenizá-la, o que havia só piorado a situação. Em seguida, forçaria um retorno ao Brasil
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Emprestado ao São Paulo, a estrela até fez boas apresentações, mas voltou a aprontar das suas. Em março de 2008, chegou a ser multado em 40% do salário após chegar 28 minutos atrasado em um treino. Com uma lesão na coxa esquerda, ele interrompeu o tratamento naquele mesmo dia e foi embora do CT sem a autorização da diretoria. Na saída, ameaçou agredir um fotógrafo. O motivo de tanta irritação era o fato de o motorista de Adriano ter batido o Porsche do atleta na noite anteri
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A maior polêmica da carreira do atacante veio em 2009. Em abril, ele aproveitou a viagem ao Brasil para defender a Seleção e resolveu abandonar a Inter. Ele passou três dias desaparecido e até a sua morte foi cogitada. As explicações para o caso viriam a seguir: o jogador, com problemas particulares, resolveu se consolar com amigos de infância das favelas da Chatuba e Vila Cruzeiro. Ele anunciou que pararia de jogar por tempo indeterminado, mas retornaria um mês depois, pelo Flamengo
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O jornal O Dia também acompanhou de perto os escândalos de Adriano. Em 2010, o diário publicou fotos em que o jogador aparecia ao lado de um amigo fazendo com a mão o símbolo de uma facção criminosa do Rio de Janeiro e portando armas de fogo. Gilmar Rinaldi, empresário que romperia relações com o atacante em 2011, defendeu seu cliente dizendo que tudo não passava de uma brincadeira e que a arma era de paintball - apenas uma réplica de uma metralhadora