COL se diz "confortável" com Arena da Baixada, mas aguarda garantias

Elaine Felchacka

Direto de Curitiba

Após as visitas a São Paulo e a Porto Alegre, os representantes do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL) e da Fifa, em uma comitiva composta por cerca de 40 pessoas, chegaram a Curitiba na manha desta quinta-feira, onde inspecionaram questões técnicas e de logística que envolvem a Arena da Baixada e seu entorno para a realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014 sediados na capital paranaense.

Sem emitir opiniões sobre o andamento das obras no estádio, de propriedade do Atlético-PR, o diretor executivo de operações e competições do COL, Ricardo Trade, garantiu estar confortável com o cumprimento do cronograma de entrega, confiante de que o clube consiga o financiamento de R$ 123 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), necessários para a conclusão das obras de adequação do local.

"O prazo da construção é factível para entrega no dia 31 de dezembro de 2013. É o prazo do contrato assinado com a cidade. Estamos confortáveis com isso. Estamos aguardando as garantias financeiras que estão sendo tratadas", explicou Trade.

O principal entrave entre o clube e o BNDES é a garantia oferecida pelo Atlético-PR - que receberá os investimentos via Agência de Fomento do Paraná (AFPR), ligado ao governo do Estado. O banco coloca os atleticanos como "devedores solidários", o que faz com que tenham que oferecer bens próprios como garantia. Porém, a diretoria não deseja oferecer o estádio para tal fim. O Atlético-PR já investiu cerca de R$ 14 milhões na arena. Em 2009, inaugurou as arquibancadas da reta inferior do setor "Brasílio Itiberê", já planejada dentro dos padrões Fifa.

Na próxima semana, o conselho do clube rubro-negro se reunirá para discutir a questão. Uma das possíveis soluções seria usar o CT do Caju como garantia para que o clube esteja apto a receber o investimento. A primeira parcela corresponde a 20% do valor total (cerca de R$ 24 mi). Além do valor financiado, os paranaenses ainda devem arcar com, aproximadamente, mais R$ 40 milhões - totalizando os R$ 187 milhões necessários para a entrega da nova Arena da Baixada.

O presidente do Atlético-PR e da CAP S.A (empresa criada para gerenciar a obra), Mario Celso Petraglia, ainda mantém o cronograma pelo qual o estádio seria entregue antes do prazo máximo estabelecido pela Fifa, em março de 2013, próximo ao aniversário do próprio clube rubro-negro e da cidade de Curitiba.

Após a inspeção realizada na manhã desta quinta na Arena da Baixada, o COL e o Atlético-PR vão discutir detalhes técnicos e de possíveis adaptações necessárias ao projeto original das obras.

Depois da inspeção em Curitiba, a comitiva do COL ainda fará visitas a mais três sedes da Copa do Mundo de 2014: Cuiabá, Manaus e Natal.

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