Atlético-PR garante grama sintética na Arena em 2016
Clube paranaense, que gasta R$ 200 mil de manutenção, vai tirar grama natural no estádio
A ideia do Atlético-PR em colocar grama sintética na Arena da Baixada deve ser concretizada no ano que vem. O clube paranaense justifica que o custo é menor e planeja ser um diferencial em seus jogos dentro de casa.
A previsão da troca era para ainda este ano. Como a direção queria testar a adequação do piso em relação ao teto retrátil, inaugurado no final de março, o prazo mudou para 2016 também pelo calendário do futebol brasileiro. E o planejamento para isso está avançado, com uma consulta em novembro do ano passado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e uma autorização já prévia para isso.
“Encaminhamos já um projeto à CBF, vamos encaminhar à Conmebol e ano que vem teremos grama sintética. Vamos tirar a grama natural”, afirmou Mario Celso Petraglia, em entrevista à Fox Sports na noite de terça-feira.
A motivação para isso tem duas vertentes. A primeira é sobre o custo. A manutenção do gramado, no padrão Fifa e obrigado pela entidade a ter para a Copa do Mundo, custa aproximadamente R$ 200 mil – só de energia elétrica com o equipamento de aquecimento natural fica em R$ 80 mil. “Por isso (alto custo de manutenção) que as gramas estão todas essas porcarias”, justificou o mandatário rubro-negro, que admitiu o péssimo estado na Arena na temporada.
Já o segundo motivo fica por conta da inovação. O Atlético-PR, acostumado e alimentado pelo ego de Petraglia em gostar de trazer novidades, quer usar a grama sintética como mais um fator para ajudar nas vitórias dentro do seu estádio, além do apoio da torcida.
A direção atleticana, por exemplo, planeja fazer pelo menos dois dos oito campos no CT do Caju com grama sintética para treinamento, como forma de se adaptar já que não existe jogos oficiais com esse tipo na Série A. Como vai jogar em gramado natural e as categorias de base treinam e jogam nesse tipo de piso, a maioria ainda deve ser com grama.
Gramado atual
A grama base plantada na Arena da Baixada, atualmente, é do tipo Bermuda Tifgrand, combinada com o tipo Ryegrass, indicadas para o clima paranaense. O gramado foi preparado para a Copa do Mundo em uma fazenda da cidade de Santo Antônio da Patrulha – a 70 km de Porto Alegre. Entretanto, durante a disputa do Campeonato Paranaense e do Brasileiro, o estado dele está a cada dia pior.