/images.terra.com/2015/05/21/palmeiras.png "Logo do Palmeiras")
"Surpreso" com repercussão, Danilo lamenta mau exemplo
- Emanuel Colombari
- Direto de São Paulo
O zagueiro Danilo admitiu nesta sexta-feira ter chamado Manoel, do Atlético-PR, de "macaco", em partida do Palmeiras na véspera pelas oitavas de final da Copa do Brasil. No entanto, "surpreso" com a repercussão negativa do caso, disse em seu desabafo que não é "bandido", não pretende sair com seguranças e não esperava que o caso fosse tratado como um se ele fosse um "marginal".
"Está muito recente ainda o que aconteceu. Não consegui descansar ainda, não consegui dormir direito. Vamos deixar as coisas rolarem", disse. "Sou jogador de futebol. Esse negócio de seguir carro com motolink é coisa de TV. Até na delegacia ouvi: 'estou aqui para prender bandido, não jogador dentro do gramado'. Até porque eu não sou branquinho", completou.
Apesar da consciência tranquila quanto à ofensa (e não quanto ao termo da ofensa, como explicou), Danilo se mostrou pronto para buscar sua defesa nos tribunais, uma vez que o caso deve ir para a Justiça Desportiva e para a Justiça comum. "Fui para a delegacia e expliquei tudo. Ele (Manoel) tem testemunhas e eu também tenho. Muita gente estava dentro da área no escanteio. Todo mundo escuta", disse.
O ponto de vista é semelhante ao de Savério Orlandi, diretor de futebol alviverde. "Faremos a melhor defesa dele. A imagem da cusparada é inequívoca. Temos que minimizar a pena dele com os recursos que temos", disse Orlandi, lembrando que Manoel também afirmou ser "de jogo" a ofensa ao sair do gramado. "Não tenho nenhum motivo para duvidar daquilo que o Danilo me disse (que não teria xingado). Até porque ele considerou o que falou como comum do jogo, não como uma ofensa", completou.
"Pai de família", como se descreveu, Danilo teve que explicar a cusparada que deu em Manoel a sua filha de sete anos, que acompanhou a partida. "Se vê o pai cuspindo, então tenho que explicar", afirmou o camisa 23, ciente do mau exemplo dado. "Expliquei para minha esposa, meu pai e minha mãe. Jogo para uma torcida de 17 milhões de pessoas e sei que não é uma boa imagem", acrescentou.
-todfa726y0j7.jpg)
