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Risco de tapetão? Gustavo joga no Atlético-PR após 3º cartão

15 set 2014 - 20h20
(atualizado às 21h55)
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A estreia do zagueiro Gustavo no triunfo por 2 a 0 diante do Vitória, no domingo, na Arena da Baixada, quase causou problemas para o Atlético-PR. Vindo do Paraná, o jogador estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo e atuou no final de semana.

Na segunda-feira, o defensor disputou a partida entre Joinville e Paraná, na derrota paranista por 3 a 0, na Arena Joinville. No confronto, o defensor recebeu o amarelo e não teria condições de jogar diante do Santa Cruz no sábado, na Vila Capanema.

Veja os gols de Atlético-PR 2 x 0 Vitória pelo Brasileiro:

Durante a semana, o jogador se envolveu com uma transferência para o rival – a pedido do técnico Claudinei Oliveira, que fez o mesmo caminho uma semana antes. Com seu nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) na sexta-feira, Gustavo jogou no domingo, estreando com a camisa rubro-negra.

A questão problemática fica na possibilidade ou não de poder escalá-lo em campo, com a suspensão automática sendo válida tanto para a Série A quanto para a B, C ou D. Ou seja, o camisa 3 estava suspenso na Série B, mas não para a elite do futebol brasileiro.

O Atlético-PR se defende ao dizer que possui um documento do diretor de competições, Virgílio Elísio, garantindo que Gustavo estava apto a jogar. Essa garantia foi enviada pela entidade ao departamento jurídico rubro-negro na sexta-feira. Entretanto, sugeriu que o atleta não fosse escalado no final de semana mesmo assim. “Eu tinha uma preocupação em relação a isso, então fizemos preventivamente o que deveríamos fazer. E essa prevenção que adotamos, nos deu o respaldo para que tomassem a decisão de escalar o jogador”, explicou Domingo Moro, advogado do clube.

Além disso, cita a revogação do item IV da RDI número 05/2004 e fala que está amparado caso seja levado a julgamento. Nela, é dito o seguinte: “o jogador que estiver dependendo do cumprimento do impedimento e for transferido, cumpri-lo-á na primeira partida oficial de que deva participar seu novo clube, qualquer que seja a competição”.

O advogado atleticano ainda critica a confusão que pode ser feita por não ter nada muito claro sobre o assunto. “O regulamento para variar é confuso. Tem que ver o que a CBF pensa do assunto. O problema é partir da ideia de que são dois campeonatos ou é um só? Esse é o problema. Se você entender o Campeonato Brasileiro como um só, composto de quatro séries, é uma situação. Se entender que a Série A é uma, B outra, C outra e D outra, isso se reforçaria pela formatação das quatro séries, que é diferente”, analisa.

Procurador não vê problema

Procurador do STJD, Paulo Schmidt esclareceu que não existe problema nesta ocasião, apesar de depender da interpretação. Inclusive disse que não existirá denúncia por parte dele. “Foi escalado regularmente. Como ele vem de uma divisão diferente, não há problema para jogar, independente de estar suspenso”, decretou.

Advogados pedem julgamento

Consultados pela reportagem, juristas divergem opiniões e todos citam dois artigos para explicar. Porém, em todos os casos, a ideia desta situação ir a julgamento é boa, pois implicaria em um exemplo para outros fatos parecidos que venham a ocorrer no futuro.

O artigo 47, do Regulamento Geral das Competições de 2014, diz que “nos casos em que um atleta seja transferido de um clube para outro, de séries diferentes ou da mesma série, serão levadas pelo atleta as punições aplicadas pelo STJD, pendentes de cumprimento”.

Já o artigo 48 fala de “os atletas transferidos de um clube a outro participe da mesma competição obrigam - se a cumprir no novo clube os cartões amarelo e vermelho pendentes de cumprimento”. O problema desta questão é por ser interpretativa no “mesma competição”, já que o torneio pode ser considerado como Campeonato Brasileiro, sem especificar sua divisão.

“Eu acho que a Procuradoria pode denunciar sim, mas precisa de algum clube para formalizar isso. Ou a própria CBF. E isso não aconteceu. Se o clube vai perder pontos, também é discutível”, declarou um auditor do STJD.

Peterson Morosko, ex-presidente do TJD-PR, não acredita que haja punição ao time paranaense. “Ressalto que não sou eu que julgo e respeito opinião contrária. O Atlético pode até ser denunciado, mas o meu entender é uma pena administrativa e uma indo para outra série, que não tem nada a ver com a outra, não tem caráter pedagógico. Não acredito que haja punição”, afirmou.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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