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Atletismo

Africanos temem e respeitam Marilson, diz "pai" de estrangeiros

29 dez 2010 - 20h24
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O brasileiro Moacir Marconi, mais conhecido como Coquinho, é um dos principais responsáveis pelo reinado dos africanos nas provas de fundo no país, a ponto de se considerar uma espécie de "pai" para seus atletas. De acordo com o técnico e empresário de alguns dos favoritos para a São Silvestre, Marilson Gomes dos Santos é um nome que inspira respeito entre os estrangeiros.

Marilson Gomes dos Santos é o atleta brasileiro mais respeitado pelos corredores africanos
Marilson Gomes dos Santos é o atleta brasileiro mais respeitado pelos corredores africanos
Foto: Agência Luz/BM&FBOVESPA / Divulgação

"Os africanos sabem que é um cara que pode realmente complicar e fazer a diferença. Todos eles temem o Marilson e respeitam muito. Na minha opinião, ele é o cara do Brasil, mas precisa estar bem recuperado da Maratona de Nova York. Ele ganhou a Gonzaguinha na preparação e é top de linha", disse Coquinho nesta quarta-feira.

Dono de um pequeno centro de treinamento no interior do Paraná, ele traz africanos para atuar no Brasil em conjunto com marcas de material esportivo e organizadores de corrida de rua. Ex-atleta, Coquinho aponta o queniano James Kipsang como favorito na São Silvestre e vê Marilson como único brasileiro em condições de vencer.

"O Kipsang é o que tem mais chance. Diante daquilo que nós estamos vendo e pelos resultados obtidos durante o ano, se não for o Marilson, eu acho muito difícil alguém superá-lo. Os outros brasileiros estavam correndo com os meus e perderam", declarou o treinador, sem descartar eventuais surpresas: "a São Silvestre é uma prova muito especial".

O Brasil não vence desde 2006, quando Franck Caldeira triunfou. Desde então, os quenianos Robert Cheruiyot (2007) e James Kipsang (2008 e 2009) dominaram a disputa. Segundo Coquinho, o último representante do país a ganhar a prova não inspira grande preocupação entre os africanos.

"Sempre tem que ficar atento ao Franck, mas aquilo que ele vem fazendo em termos de resultado não assusta muito os caras, não. Eles conhecem o Franck, mas temem menos que o Marilson, até porque eles nunca correram com o Marilson e já venceram o Franck aqui dentro do Brasil", explicou.

Marilson Gomes dos Santos, 33 anos, é a principal esperança de vitória do Brasil. Ele conquistou a São Silvestre em 2003 e faturou o bi em 2005, quando competiu pela última vez. Em 2006 e 2008, adquiriu prestígio internacional ao vencer a Maratona de Nova York.

No feminino, Coquinho aponta a queniana Alice Timbilili, campeã da edição de 2007 da prova, como principal favorita. Além de lamentar a ausência da também queniana Pasalia Chepkorir, atual detentora do título e fora da disputa por uma gravidez, ele elogiou Marily dos Santos, melhor brasileira em 2009.

"Todas as quenianas também respeitam muito a Marily. Ela faz um trabalho muito responsável e sempre se prepara muito bem para as provas. É uma atleta que não se intimida e acho que é uma brasileira que deve ser muito respeitada", explicou Coquinho.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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