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Atletismo

Atletas italianos podem ser banidos por fraude no antidoping

26 atletas estão na mira da Agência Antidoping da Itália

4 dez 2015 - 13h19
(atualizado às 14h29)
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Os escândalos de doping envolvendo o atletismo ganharam mais um cenário nesta semana. A Agência Antidoping da Itália (Nado) pediu a suspensão de 26 membros do atletismo por terem evitado dar amostras para testes de dopagem. Embora os atletas creditem o ocorrido a um erro administrativo dos eventos, a entidade solicita que estes sejam banidos por até dois anos – e perpetuamente proibidos de defender a seleção italiana.

O requerimento da Nado será julgada por uma corte especial do Comitê Olímpico Italiano (Coni) em fevereiro, de acordo com o jornal A Gazzetta dello Sport, mas não há previsão do anúncio da decisão. O caso veio à tona com a investigação Olympia, operação policial liderada responsável por levantar a possível fraude no sistema de controle de substâncias proibidas. Outros 39 atletas foram investigados, mas acabaram absolvidos.

Italiano Fabrizio Donato (a direita) ficou com o bronze no salto à distância em Londres-2012
Italiano Fabrizio Donato (a direita) ficou com o bronze no salto à distância em Londres-2012
Foto: Getty Images

Entre os 26 acusados, estão cinco atletas já classificados para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. A lista incluiu grandes nomes do esporte, como o medalhista de bronze no salto triplo em Londres 2012, Fabrizio Donato, o vice-campeão mundial em salto à distância, Andrew Howe, e o campeão dos 50km da marcha atlética em Pequim 2008. Outros dez já se aposentaram, como é o caso do saltador com vara Giuseppe Gibilisco, bronze em Atenas 2004.

O caso é apenas mais um capítulo dos escândalos envolvendo doping nas federações de atletismo. Em novembro, a Rússia foi banida de competições internacionais e proibida de sediar torneios por tempo indeterminado, depois da divulgação de um relatório da Agência Internacional Antidoping (Wada). Os documentos acusavam a federação russa de praticar doping, subornar para ocultar resultados e destruir amostras no laboratório de Moscou – tudo com o respaldo do Ministério do Esporte da Rússia e do Serviço Federal de Segurança.

Além disso, o ex-presidente da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (Iaaf), Lamine Diack, foi preso há um mês, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema que escondia resultados de exames de dopagem. Durante seu governo, a entidade máxima do atletismo é suspeita de ter encobrido a grande maioria dos casos, tendo julgado ou punido apenas um terço dos atletas flagrados.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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