PUBLICIDADE

Atletismo

Associação Europeia de Atletismo mostra consternação com denúncias

2 ago 2015 - 10h20
(atualizado às 11h36)
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente da Associação Europeia de Atletismo, o norueguês Svein Arne Hansen, considera "um motivo de profunda consternação" as acusações relacionadas ao controle de doping no atletismo feitas em uma reportagem divulgada pela emissora alemã "ARD" e o jornal britânico "Sunday Times".

As acusações são, segundo sua opinião, "um motivo de profunda consternação e um alerta sobre o quanto ainda falta para garantir que o atletismo se livre do doping", declarou em comunicado.

"Sem entrar na veracidade das acusações ou do vazamento de dados confidenciais da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), a Associação Europeia compartilha a preocupação expressada pelo presidente da Agência Mundial Antidoping e pedimos à IAAF que esclareça a situação e aumente seus já grandes esforços para combater o doping", acrescentou.

Hansen afirmou que estenderá o programa de educação contra o doping para atletas jovens e irá propor um sistema de licenças que assegure que apenas os atletas que tiverem participado de tal programa possam competir nos campeonatos organizados pela Associação Europeia.

"Mas não vamos nos iludir sobre uma solução fácil. Estamos desenvolvendo outras ideias para serem introduzidas na Europa e que sirvam como exemplo para o resto do mundo", disse.

O mandatário lembrou que nas iminentes eleições à presidência da IAAF haverá uma mudança de liderança, já que o senegalês Lamine Diack não se candidatará à reeleição, e manifestou sua satisfação pelo fato de que os dois candidatos, o britânico Sebastian Coe e o ucraniano Serguei Bubka, expressaram seu compromisso na luta contra o doping.

Segundo o relatório divulgado pela televisão pública alemã "ARD" com o "Sunday Times", apenas foram abertos procedimentos ou aplicadas punições a um terço dos atletas suspeitos de doping.

A reportagem se baseia em uma lista de 12 mil exames antidoping, sobre um total de 5 mil atletas, correspondentes ao período entre 2001 e 2012 e contidos no banco de dados da IAAF.

De acordo com as análises, não houve medidas contra a maioria dos suspeitos, entre os quais se encontram campeões olímpicos e mundiais.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade