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Atletismo

Bolt volta a brilhar em dia de festa russa no Mundial de Moscou

17 ago 2013 - 15h46
(atualizado às 16h35)
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O 'raio' Usain Bolt voltou a cair neste sábado em Moscou, com o astro jamaicano conquistando a medalha de ouro dos 200m do Mundial de Atletismo, menos de uma semana depois de seu título nos 100m.

O dia também foi marcado pelo grande desempenho das mulheres russas, que levaram ao delírio o estádio Luzhniki, com os ouros da equipe do revezamento 4x400 m feminino e de Svetlana Shkolina no salto em altura.

O Brasil continuava sem medalhas, mas Solonei da Silva e Paulo Roberto de Almeida Paula protagonizaram um belo momento de emoção ao cruzarem de mãos dadas a linha de chegada da maratona masculina.

Eles chegaram na sexta e sétima posições, com o mesmo tempo de 2 horas, 11 minutos e 40 segundos, cerca de dois minutos atrás do vencedor, o ugandense Kiprovitch (2:09.51).

"Foi uma coisa incrível, um momento único. Dizem que o atletismo brasileiro não conquistou medalhas neste Mundial, mas só queremos mais unidade para que, no Rio-2016, haja mais maratonistas que possam dar alegria ao nosso país", explicou Paulo Roberto à AFP depois da prova.

No momento mais aguardado do dia, Bolt deu mais um show na pista de Moscou. Ele venceu os 200 m com o tempo de 19 segundos e 66 centésimos, melhor marca da temporada, completando a dobradinha jamaicana ao lado do companheiro de treino Warren Weir (19.79). Só não houve pódio 100% jamaicano porque o americano Curtis Mitchell levou o bronze em 20.44, superando por apenas um centésimo outro compatriota de Bolt, Nickel Ashmeade.

Este foi o sétimo título mundial de Bolt, dono de seis medalhas de ouro olímpicas em Pequim-2008 e Londres-2012. Se ele vencer o revezamento 4 x 100 m, do qual a Jamaica é a grande favorita, igualará a marca do lendário americano Carl Lewis, oito vezes campeão mundial nas décadas de 80 e 90.

O jamaicano dominou mais uma vez de forma arrasadora e se deu ao luxo de desacelerar no final, o que leva a pensar que ele poderia ter conseguido uma marca ainda melhor.

No salto em altura feminino, a Rússia superou a decepção do desempenho abaixo do esperado da grande favorita, Anna Chicherova, campeã olímpica em Londres-2012 e mundial em Daegu-2011, que dividiu a medalha de bronze com a espanhola Ruth Beitia (1,97 m), com a vitória de outra atleta do país, Svetlana Shkolina (2,03 m).

A americana Brigetta Barrett, dona da melhor marca do ano em 2,04 m, não conseguiu repetir o feito em Moscou, e ficou com a prata em 2,00 m.

O país anfitrião venceu outro duelo contra os Estados Unidos, no revezamento 4x400 m. As russas superaram as americanas por apenas 22 centésimos, completando a prova em 3 minutos, 20 segundos e 19 centésimos, com Antonina Krivoshapka, medalhista de bronze na prova de individual, ultrapassando a americana Francena McCorory na reta final.

O Estados Unidos ficaram com a prata em 3:20.41, e a Grã-Bretanha levou o bronze em 3:22.61.

A honra americana foi salva por Brianna Rollins, que conquistou o título dos 100 m com barreiras ao derrotar a grande favorita, a australiana Sally Pearson.

Pearson, que tinha subido no lugar mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e no Mundial de Daegu-2011, sofria com uma lesão na coxa. Ela saiu na frente, mas foi ultrapassada por Rollins nos 60 m.

A americana completou a prova em 12 segundos e 44 centésimos, sendo seis centésimos mais rápida do que a australiana. A britânica Tiffany Porter levou o bronze, em 12.55.

Nos 5.000 m feminino, Meseret Defar, bicampeã olímpica em Atenas-2004 e Londres-2012, conquistou seu segundo ouro em Mundiais, repetindo o feito de Osaka-2007.

No lançamento de dardo, o tcheco Vitezslav Vesely conquistou o ouro com a marca de 87,17m, superando o finlandês Tero Pitkämäki por apenas 10cm.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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