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Atletismo

Brasil encara Mundial de Atletismo de Moscou de olho no Rio-2016

6 ago 2013 - 12h16
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O Brasil, país sul-americano com mais medalhas (11) em Mundiais de atletismo, chega à edição de Moscou-2013 (10-18 de agosto) com uma delegação de 32 atletas encabeçada por Fabiana Murer, que defenderá o título no salto com vara conquistado em Daegu-2011.

A euforia pelo êxito de Fabiana Murer na Coreia do Sul sofreu um baque nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, onde o país não ganhou nenhuma medalha no atletismo, obrigando um pouco mais de cautela antes desta nova competição.

"Não temos meta de medalhas. Nossa expectativa interna é colocar o maior número possível de atletas nas finais. Só assim conseguiremos preparar uma equipe de alto nível para os Jogos Olímpicos de 2016", explicou o diretor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Antônio Carlos Gomes.

A saltadora Fabiana Murer, agora com 32 anos, conseguiu em Daegu um resultado histórico ao conquistar a primeira medalha de ouro em um Mundial de Atletismo para o Brasil, que tem também outras 10 medalhas.

Fabiana viaja agora à Rússia com a missão de voltar a liderar a delegação brasileira. A saltadora fez sua melhor marca no ano, 4,73 metros, no mês passado no Troféu Brasil, o que representa o quarto melhor salto do mundo em 2013.

A brasileira, que tem como melhor marca pessoal os 4,85 m que lhe deram o ouro em Daegu, foi a grande decepção dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, onde também chegou como uma das favoritas e acabou eliminada sem nem se classificar para a final da modalidade.

O Brasil, porém, conta também com outras esperanças de medalhas na capital russa.

Mauro Vinícius da Silva, o Duda, campeão mundial do salto em distância em pista coberta, conseguiu a melhor marca da carreira nesta temporada, ao saltar 8,31 metros no campeonato brasileiro, quinto melhor salto do mundo neste ano.

No Decatlo, Carlos Eduardo Chinin, terceiro no ranking mundial de 2013, chegará em Moscou com o recorde sul-americano de 8.393 pontos.

Também será interessante seguir a atuação do revezamento 4x100 metros feminino brasileiro.

Franciela Krasucki bateu o recorde sul-americano dos 100 metros com tempo de 11.15 em abril e, em seguida, Ana Cláudia Silva a superou em maio, primeiro com 11.13 e logo com 11.05. As duas velocistas fazem parte da equipe brasileira nesta prova.

No salto com vara masculino, os brasileiros também quebraram recordes sul-americanos.

Augusto Dutra de Oliveira melhorou o recorde em maio (5,81 m) e em junho (5,82 m), mas Thiago da Silva, campeão mundial de juniores, o superou em julho, saltando 5,83 metros.

No salto triplo feminino, Keila Costa, bronze no Mundial em pista coberta em 2010 e dona da quarta melhor marca do ano (14,58 m), também aparece como uma possível candidata à medalha em Moscou.

O Brasil é a grande potência sul-americana em número de medalhas em Mundiais de Atletismo e somente em três das treze edições do evento (1993, 2001, 2005) acabou não subindo ao pódio.

A primeira medalha do país foi o bronze de Joaquim Cruz nos 800 metros (1:44.27) na primeira edição do Mundial, em Helsinque-1983. Desde então, o Brasil conquistou outros quatro bronzes, cinco pratas e o ouro de Fabiana Murer.

O Brasil espera continuar liderando o continente e precisa revelar novos talentos que deem esperança ao esporte símbolo das Olimpíadas, já na reta final para os Jogos do Rio em 2016.

Esta será também a primeira competição internacional da Confederação Brasileira de Atletismo sob o comando do presidente José Antonio Martins Fernandes, após Ricardo Gesa de Melo dirigir a entidade por 24 anos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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