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Atletismo

Caso Pistorius terá impacto na inspiração dos atletas, diz CPB

19 fev 2013 - 14h18
(atualizado às 15h31)
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Andrew Parsons é presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro
Andrew Parsons é presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro
Foto: Getty Images

Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons comentou nesta terça-feira o caso envolvendo o corredor Oscar Pistorius, acusado na África do Sul de premeditar e executar o assassinato da namorada, a modelo Reeva Steenkamp.

Para o chefe da entidade brasileira paralímpica, a condenação do maior ícone do movimento terá impacto sobre a nova geração de atletas, que perdem o maior ponto de inspiração.

"Não acho que isso vá manchar o esporte, vai ficar na vida pessoal dele, mas vai ter um impacto na questão da inspiração, pois a nova geração não vai olhar para ele como antes", afirmou o dirigente, integrante da comitiva olímpica brasileira que recebe a Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI), na quarta visita ao Rio de Janeiro tendo em vista os preparativos para os Jogos Olímpicos de 2016.

"É uma perda grande se for considerado culpado e não puder competir. Ele inspirou vários atletas, mas temos outros ídolos e isso não vai impedir o crescimento do movimento paralímpico", opinou ainda Parsons.

<p>Pistorius foi detido por matar a namorada com quatro tiros</p>
Pistorius foi detido por matar a namorada com quatro tiros
Foto: AFP

Nesta terça, em Pretória, na África do Sul, Oscar Pistorius compareceu em nova audiência sobre o caso e alegou que se sentiu vulnerável ao pensar que se tratava de um ladrão dentro do banheiro de casa.

O julgamento a cerca do pedido de fiança foi adiado e o paratleta continua detido em uma delegacia local. Reeva foi atingida por quatro disparos e teria ainda sido golpeada com um taco de críquete na cabeça.

Na opinião do presidente do CPB, "Pistorius sempre foi um 'gentleman' comigo, sempre foi uma das pessoas mais agradáveis que conheci, e dentro da pista é um atleta fenomenal. Tudo isso é uma pena no ponto de vista dele e da família da Reeva. É uma tragédia muito grande".

"Na vida pessoal, no entanto, não o conheci para saber se é uma pessoa agressiva ou não", ressaltou Parsons. "Ele foi ou ainda é o maior nome paralímpico de todos os tempos, mas não é o único, temos mais atletas. No Brasil mesmo, temos o Alan (Fonteles) e o Daniel Dias e nos outros países existem outros atletas que vão levar o esporte paralímpico para a frente. Mas é uma perda grande", completou ainda.

Alan Fonteles, citado por Parsons, surpreendeu o mundo nos Jogos de Londres, no ano passado, ao superar Pistorius com uma arrancada incrível nos metros finais e ficar com a medalha de ouro nos 200 m rasos T44. Daniel Dias é atleta da natação e o maior vencedor paralímpico brasileiro, com 15 medalhas acumuladas nos Jogos Paralímpicos.

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Fonte: Terra
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