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Atletismo

Com barreira superada, brasileira quer novo recorde e pódio em 2016

9 mai 2013 - 20h04
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Ainda que a velocidade do vento estivesse acima do permitido, os 10s93 alcançados pela brasileira Ana Cláudia Lemos no último final de semana serviram para romper a barreira mental dos 11s00 nos 100m. Atual recordista sul-americana da distância, ela pensa em melhorar a própria marca e sonha com a possibilidade de medalhar no Rio de Janeiro-2016.

"Muitas vezes, você pensa que correr abaixo de 11s00 é impossível. Essa barreira psicológica acaba sendo um fator que limita o atleta. Depois desse resultado, ela pode visualizar correr abaixo de 11s00 com vento normal. Não é impossível, a barreira foi quebrada", atestou o técnico Katsuhico Nakaya.

Ana Cláudia correu 10s93 na semifinal de um torneio disputado em Campinas no último sábado - o vento estava a 2.2 m/s, quando o limite permitido é de 2.0 m/s. Na decisão dos 100m, ela venceu com a marca de 11s13 e bateu o próprio recorde sul-americano de 11s15, tempo que havia sido igualado por Franciela Krasucki, também brasileira.

"O vento ajudou, mas nem tanto. Então, isso serve como motivação e sei que posso correr na casa dos 10s90. Para mim, esses 11s13 não são suficientes, ainda é pouco. Sei que tenho condições de ir mais longe e vou buscar essa marca", afirmou a atleta, que neste no domingo participa do GP Brasil em Belém do Pará.

"Eu gosto de dar show, de brilhar. Por mim, essa marca já sairia nesse final de semana, mas infelizmente não sou eu que controlo isso. Sei que posso correr (abaixo dos 11s00), mas não sei se vai ser nessa temporada ou na seguinte. Quando você se cobra muito, às vezes as coisas não acontecem", explicou.Atrapalhada por uma fascite plantar no pé esquerdo durante a última temporada, Ana Cláudia Lemos deixou os Jogos Olímpicos de Londres-2012 decepcionada. No Rio de Janeiro-2016, a velocista, que tem os 200m como sua distância predileta, sonha com um lugar no pódio.

"Eu tenho objetivos e me cobro muito. Quero ser medalhista nas Olimpíadas de 2016. Para isso, tenho que me colocar pressão e dar o meu melhor todos os dias’, afirmou Ana Cláudia, ciente de que é fundamental evoluir nas próximas competições importantes do calendário.

"Para pensar em uma medalha olímpica, precisamos disputar finais de eventos grandes, como Mundiais e Pan-americanos. Cada ano é um passo muito importante. Com o passar do tempo, participar de finais vai ser uma coisa normal. Na Olimpíada, são oito mulheres para três medalhas e você precisa brigar de igual para igual", declarou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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