Contra microlesões, maratonista encara banheira de gelo
17 out2011 - 09h44
(atualizado às 12h44)
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Vagner Magalhães
Direto de San Luis Potosí (México)
Não bastassem os longos e exaustivos treinos para a disputa dos 42 km da maratona nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, o brasileiro Solonei Rocha da Silva, 28 anos, conta que a rotina diária inclui mergulho em uma banheira com gelo por pelo menos oito minutos logo após as atividades. De acordo com ele, a água gelada ajuda a combater microlesões e as dores comuns depois da corrida. Por semana, o brasileiro chega a percorrer perto de 200 km.
Silva agora está habituado à banheira, mas nas primeiras vezes sofria ao entrar nela. "Nos três primeiros minutos vai começar a arder bastante e a sensação é de que estão enfiando agulhas na sua pele. Depois dos três minutos é que essa sensação passa e você consegue ficar tranquilo no gelo", diz.
E ele dá uma dica. Quanto mais você se mexer, pior é. "Se você começar a se mexer no gelo, a água vai começar a dar uma movimentada e vai continuar fazendo com que você sinta dor. Caso contrário, em 3 minutos você se habitua", afirma.
Segundo o atleta, a imersão no gelo auxilia na recuperação física, que fica muito mais rápida. "O gelo consegue segurar essas microlesões e não deixa a gente tão dolorido para o treino da tarde. Com isso, nos recuperamos muito mais rápido do que se fosse deixar descansar naturalmente. Com o gelo você consegue acelerar isso", conta.
Pronto para a disputa no Pan, Silva afirma que começou a preparação há cerca de quatro meses. Antes do período de aclimatação à altitude em San Luís Potosí, no México, ele passou pela cidade colombiana de Paipa, a 2.600 m acima do nível do mar.
"Por isso, estou mais habituado (com a altitude) do que algumas outras pessoas. Alguns não tiveram isso. Eu estava a 2.600 m na Colômbia e aqui (em Potosí) em torno de 1.900 m. Para mim não há tanta dificuldade. Não creio em grandes dificuldades para me adaptar em Guadalajara, que é a 1.500 m. Vai ser uma prova que vai dar para mostrar muito do meu potencial e com certeza a gente vai estar brigando por medalha", afirma.
Silva entrou tarde no atletismo e só venceu a primeira prova de maratona no ano passado, ao ganhar a disputa em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A entrada no esporte se deu no ano anterior. Atual segundo colocado no ranking brasileiro, o atleta foi descoberto quando trabalhava como coletor de lixo em sua cidade natal, Penápolis, no interior de São Paulo. Na rotina diária, percorria cerca de 40 quarteirões.
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Neste domingo, a natação brasileira brilhou em Guadalajara e faturou quatro medalhas; três de ouro e uma prata - na primeira disputa da noite, Cielo quebrou o recorde e levou o ouro nos 100 m livre
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Na primeira final da noite de domingo, Cielo venceu os 100 m livre
Foto: Ivan Pacheco / Terra
O destaque do dia foi Cesar Cielo, que conquistou duas medalhas de ouro
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Com o tempo de 47s84, o atleta quebrou o seu próprio record pan-americano
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Cielo também foi decisivo para a conquista do ouro no revezamento 4x100 m livre
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Com 3min14s65, a equipe brasileira conquistou o tetracampeonato na prova
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Cielo foi o terceiro a pular na piscina e foi decisivo para a conquista brasileira
Foto: Ivan Pacheco / Terra
O quarteto brasileiro foi formado por Bruno Fratus, Nicholas Santos, Cesar Cielo e Nicolas Oliveira
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Bruno Fratus começou o dia mal e não conseguiu se classificar para a final dos 100 m livre
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Após um bom início de temporada, Fratus era apontado como o único rival de Cielo nos 100 m livre, porém não conseguiu um bom desempenho em Guadalajara
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Horas mais tarde, Fratus se recuperou e ajudou a equipe do revezamento 4x100 m livre a conquistar o ouro
Foto: Ivan Pacheco / Terra
O Brasil também teve um grande desempenho nos 100 m peito. Felipe França e Felipe Lima (foto) levaram as medalhas de ouro e prata, respectivamente
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Felipe França encerrou a prova com o tempo de 1min00s34
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Ao lado de Cielo e Thiago Pereira, Felipe França chegou a Guadalajara com status de estrela da natação brasileira
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Ainda na água, França foi cumprimentado por seus rivais após a conquista
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Felipe França também vibrou muito com sua conquista
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Esta foi a primeira medalha de ouro de Felipe França em Jogos Pan-Americanos
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Já Felipe Lima fechou a prova em 1min00s99 e assegurou a "dobradinha" brasileira
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Com as quatro medalhas deste domingo, a natação brasileira fez com que o Brasil chegasse a 13 medalhas no quadro da competição
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Cielo deu um forte abraço em seus companheiros após a conquista do ouro no revezamento
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Fabíola Molina perdeu a chance de conquistar medalha nos 100 m costas feminino neste domingo, nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara; com o tempo de 1min02s04, ela ficou com o quarto lugar
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Sempre concentrado, Cielo aguarda o início da prova dos 100 m livre
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Desta vez, Cielo foi só sorrisos ao receber a medalha e "espantou" a fama de chorão
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Ovacionado pela torcida, Cielo respondeu ao carinho dos fãs e aplaudiu o barulho feito em suas conquistas
Foto: Ivan Pacheco / Terra
O tempo cravado em Guadalajara também renderia a medalha de prata para o Cielo no Mundial de Xangai neste ano, competição na qual o vitorioso atleta não conseguiu subir no pódio
Foto: Ivan Pacheco / Terra
O atual campeão olímpico dos 100 m livre desembarcou em Guadalajara como uma das principais atrações dos Jogos
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Na segunda metade da prova dos 100 m livre, Cielo percebeu a enorme vantagem em relação aos adversários e diminuiu o ritmo
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Até mesmo os torcedores mexicanos se renderam ao talento dos nadadores brasileiros
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Cielo ainda voltará a cair na piscina mexicana para disputar os 50 m livre e o revezamento 4 x 100 m medley
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Muita água "voou" na comemoração de Cielo
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Na comemoração, Cielo vibrou muito e deu os tradicionais socos na água
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Com as conquistas deste domingo, Cielo chega a cinco medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, já que no Rio 2007 subiu três vezes ao lugar mais alto do pódio
Foto: Ivan Pacheco / Terra
"Quem segura o Brasil? Que revezamento animal! Muito bom nadar do lado dos amigos e vencer!", disse Cielo, citando ainda os três colegas no revezamento - Bruno Fratus, Nicholas Santos e Nicolas Oliveira
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Em uma atitude estranha, o atual bicamepão mundial dos 100 m livre bebe um pouco de água da piscina mexicana
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Já na largada, Cielo conseguiu abrir boa vantagem sobre seus rivais na prova dos 100 m livre
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Com a bandeira brasileira, Cielo comemorou muito suas conquistas em Guadalajara
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Antes das provas, Cielo sempre faz o mesmo ritual para se focar na disputa
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Os quatro nadadores brasileiros tiveram um bom desempenho e lideraram a prova do revezamento durante todo o tempo
Foto: Ivan Pacheco / Terra
O movimento de respiração é muito importante para o bom desempenho dos nadadores
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Com uma técnica apurada, os nadadores brasileiros deram um show a parte em Guadalajara