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Medicina do Esporte

Alanis vira ícone do combate à depressão com corrida

24 set 2012 - 07h38
(atualizado às 07h43)
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Não foi por acaso que surgiu o dito de que quem corre é mais feliz. Por trás dessa afirmação existem estudos científicos que comprovam esse efeito e fazem da prática uma excelente terapia no combate à depressão. A cantora e compositora canadense Alanis Morissette é um exemplo. Alanis, que hoje é maratonista, conta que a vida toda lutou contra a doença e que conseguiu vencê-la depois que começou a correr.

A cantora e compositora canadense Alanis Morissette disse que conseguiu vencer a doença depois que começou a correr e hoje é maratonista
A cantora e compositora canadense Alanis Morissette disse que conseguiu vencer a doença depois que começou a correr e hoje é maratonista
Foto: Shutterstock / Terra

Dentre os fatores benéficos está o estímulo fisiológico produzido pela prática. Segundo Cláudio Pavanelli, mestre em fisiologia do exercício pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), a corrida induz o organismo a produzir hormônios que têm efeito analgésico, tranquilizante, e causam sensação de bem-estar, como a beta-endorfina e a dopamina. "Esse efeito está associado à intensidade e à duração do exercício. Um maratonista que corre 10 km, por exemplo, não sentirá tanto esse efeito quanto uma pessoa que tiver um condicionamento inferior", explica.

Ter regularidade na prática também influi no resultado. "Pessoas que sofrem de depressão normalmente são sedentárias ou praticam atividade física de forma irregular", comenta Pavanelli. Para ele, o ideal, é que a pessoa procure fazer exercícios quantos dias puder, por pelo menos 30 minutos. "A pessoa que está iniciando deve ir devagar. Pode começar caminhando duas vezes por semana. Á medida que percebe melhora no condicionamento, pode aumentar o número de dias e até passar para um trote ou uma corrida leve", aconselha, dizendo que o mais indicado é a pessoa realizar um programa de treinamento junto a um profissional da área.

Psicólogo especializado na área esportiva e presidente da Associação Paulista da Psicologia do Esporte, João Ricardo Cozar afirma que já acompanhou diversos casos nos quais verificou a melhora do quadro depressivo em virtude da prática regular da corrida. Além do fator fisiológico, ele também cita aspectos psicológicos que contribuem para o resultado. "A sensação de bem-estar que a prática proporciona também está relacionada à melhora da autoconfiança, da autoestima. Há ainda a questão da socialização. A depressão é um convite ao isolamento e a corrida vai à contramão estimulando a integração nos treinos, nas provas", salienta João Ricardo.

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Fonte: Terra
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