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Medicina do Esporte

Roupas de compressão podem diminuir fadiga na corrida

4 out 2012 - 08h24
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É cada vez mais comum nas provas de rua se deparar com corredores usando meias, polainas, bermudas, leggings e até camisetas de compressão. Esse tipo de acessório começou a chamar a atenção em 2003, na Maratona de Londres, quando a maratonista inglesa Paula Radcliffe bateu o recorde mundial dos 42 quilômetros vestindo polainas compressivas até os joelhos. Não se trata, porém, de preferência estética ou mero modismo no esporte. O que os adeptos buscam, na verdade, é a melhora da performance.

Muitos estudos vêm sendo desenvolvidos com o intuito de avaliar os reais efeitos da compressão muscular durante a prática do exercício. E alguns resultados têm sido muito positivos
Muitos estudos vêm sendo desenvolvidos com o intuito de avaliar os reais efeitos da compressão muscular durante a prática do exercício. E alguns resultados têm sido muito positivos
Foto: shutterstock / Terra

Muitos estudos vêm sendo desenvolvidos com o intuito de avaliar os reais efeitos da compressão muscular durante a prática do exercício. E alguns resultados têm sido muito positivos. Um deles foi coordenado pelo médico Turíbio de Barros, do Centro de Medicina da Atividade Física da Universidade Federal de São Paulo, no qual ciclistas vestindo bermudas compressivas foram monitorados e submetidos a um esforço físico de alta intensidade, até chegarem à exaustão.

O resultado apontou que o uso da bermuda proporcionou uma melhora de 15% a 20% na recuperação dos atletas. "A sobrecarga decorrente da atividade física intensa gera microtraumas nos músculos que desencadeiam um quadro inflamatório, provocando edemas e as dores no dia seguinte. A utilização da bermuda compressora evitou o extravasamento do líquido das veias, prevenindo a formação dos edemas e amenizando a dor muscular tardia", esclarece o médico.

De acordo com ele, o benefício da compressão também pode ser obtido por corredores, utilizando bermudas ou mesmo meias e polainas. "Outros estudos também atestaram melhora no desempenho por conta da diminuição da vibração muscular. Esse efeito permite que o atleta consiga otimizar energia, transmitindo mais força no eixo do movimento", salienta.

O grande desafio, afirma o Turíbio, é adequar o grau da compressão, pois não terá efeito nenhum ser for pouco, porém também pode prejudicar se for excessiva. "Para obter o efeito, a pessoa precisa saber escolher a peça ideal. Não analisando se ela é mais curta ou longa, mas sim se ela se ajusta conforme a circunferência do segmento corporal", observa, dizendo que a região de ação varia de acordo com a peça. A bermuda, por exemplo, comprimi os músculos da coxa. Já a polaina, atua na região da panturrilha. Há também a opção da calça legging, que envolve tanto as coxas quanto as panturrilhas.

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Fonte: Terra
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