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Estados Unidos

NY amanhece com Central Park aberto e invasão de corredores

3 nov 2012 - 13h07
(atualizado às 15h28)
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GABRIEL FORTES
Direto de Nova York

Se a sexta-feira foi marcada pelo sentimento de tristeza e decepção de organizadores e corredores em função do cancelamento de sua famosa maratona, a cidade de Nova York amanheceu neste sábado tentando virar a página desse capítulo de uma história que se tornou parte integrante da Big Apple.

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Foto: Daniel Ramalho / Terra

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Com a reabertura do Central Park nesta manhã - estava fechado desde a passagem da supertempestade Sandy, no começo da semana - atletas profissionais e amadores saltaram cedo da cama, calçaram seus tênis e invadiram o local para sentir um pouco do que é cruzar a linha de chegada após os 42 km que separam Staten Island do parque.

Com a estrutura sendo desmontada, ainda permanecia de pé, pela manhã, algumas sinalizações referentes à prova e também a linha de chegada, palco de emoções marcadas por alegria e choro.

As histórias são as mais variadas, porém todas vêm carregadas de "sentimentalismos" em torno do cancelamento da maratona, o que ocorreu pela primeira vez desde os anos 70.

"É um pouco decepcionante, pois nós amamos essa corrida. Eu, particularmente, faria junto com meu grupo uma ação para nossa entidade, que constrói casas para pessoas carentes. É uma pena, mas perfeitamente compreensível por causa de tudo o que ocorreu nesta semana na cidade", disse Christopher, que fez questão de correr no parque e chegar até a linha de chegada da maratona.

No final da tarde de sexta-feira, o prefeito Michael Bloomberg anunciou em sem Twitter o cancelamento da prova, tida como a mais glamourosa do mundo, alegando que a questão tornou-se "um momento de adversidade" devido à pressão da sociedade em detrimento dos estragos causados pelo furacão - foram 40 mortos na cidade.

No centro de imprensa montado ao lado da linha de chegada, Mary Wittenberg, presidente da New York Road Runners, organizadora do evento, chegou a dizer, emocionada, que a maratona "seria uma chance para recuperar a cidade".

Mas a corrida não ocorreu. E o choro veio hoje. "É uma coisa muito triste. Eu me preparei durante 5 meses para essa prova, cheguei aqui no sábado passado, antes do furacão, e hoje vim correr no parque. Nós entendemos os motivos, tem alguma questão política, mas lamentamos muito", disse o empresário carioca Rodrigo Lacerda, que ao lado da esposa tirava fotos de recordação debaixo da finish line.

Em meio a atletas profissionais, amadores de todas as partes do mundo mostravam a popularidade desse esporte. Os caminhos do Central Park foram invadidos por corredores.

"Não tinha como não vir aqui. Infelizmente cancelaram a prova apenas 3 dias antes da data, mas estamos aqui correndo. Queria sentir esse gosto", disse Sarah, que veio de Seattle exclusivamente para correr a maratona."Nós lamentamos muito o cancelamento, mas compreendemos os motivos e apoiamos. É triste, mas não deixaremos de vir mais vezes", completou seu marido, Nills, durante uma parada para descanso.

Fonte: Terra
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