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Atletismo

Defesa de Pistorius nega premeditação: "não é sequer assassinato"

19 fev 2013 - 07h43
(atualizado às 15h34)
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<p>Pistorius compareceu a audiência nesta terça-feira para pedir fiança e responder processo em liberdade</p>
Pistorius compareceu a audiência nesta terça-feira para pedir fiança e responder processo em liberdade
Foto: Reuters

O advogado de defesa do corredor sul-africano Oscar Pistorius, Barry Roux, negou nesta terça-feira que a morte da namorada do corredor, Reeva Steenkamp, foi premeditada como apontou o promotor. A acusação custaria a prisão perpétua ao medalhista paralímpico.

Em declarações publicadas pela agência local de notícias Sapa, o advogado de Pistorius afirmou: "achamos que não é sequer assassinato".

Segundo a rede sul-africana eNews Channel Africa, Roux sugeriu durante a audiência que Pistorius disparou através da porta do banheiro para salvar sua namorada de um suposto ladrão.

Antes da réplica da defesa, o promotor Gerrie Nel tinha acusado Pistorius de "disparar e matar uma mulher inocente e desarmada" de fora da porta do banheiro, onde Steenkamp, 29 anos, teria se escondido após uma suposta discussão.

O advogado defensor assegurou que pode mostrar ao tribunal exemplos de "maridos que atiram em suas mulheres ou em seus filhos por acidente" através de uma porta fechada, como, segundo o fiscal, Pistorius fez contra Steenkamp através da porta do banheiro.

<p>Funeral de Reeva Steenkamp também aconteceu nesta terça, em Port Elizabeth</p>
Funeral de Reeva Steenkamp também aconteceu nesta terça, em Port Elizabeth
Foto: AP

Além disso, Roux perguntou como a promotoria sabe, se não havia testemunhas, que Pistorius pôs suas duas prótese de carbono nas pernas para atravessar o quarto caminhando, perseguir e atirar em sua namorada, como sustentou a acusação.

Após breves perguntas às partes sobre a premeditação do crime, o juiz Desmond Nair suspendeu a sessão durante alguns minutos, e o acusado saiu da sala.

Pistorius comparece nesta terça-feira ao Tribunal da Magistratura de Pretória, que deve decidir se concede ou não a liberdade pagando uma fiança ao atleta, acusado formalmente do assassinato de Reeva, encontrada morta na casa do atleta em Pretória na quinta-feira passada com várias marcas de tiro no corpo.

Em um caso como o seu, o corredor deverá demonstrar "circunstâncias excepcionais" para que lhe seja concedida a liberdade pagando uma fiança, segundo a legislação da África do Sul, enquanto não acontece o julgamento.

Pistorius permaneceu sob custódia policial desde a quinta-feira passada. A audiência desta terça coincide com o funeral de Reeva Steenkamp em cerimônia privada na cidade meridional sul-africana de Port Elizabeth.

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EFE   
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