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Atletismo

Fonteles inova na largada por maior velocidade e recordes

19 jul 2013 - 18h15
(atualizado às 18h15)
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Alan Fonteles é um dos destaques do Mundial Paralímpico de Atletismo
Alan Fonteles é um dos destaques do Mundial Paralímpico de Atletismo
Foto: Allan Farina / Terra

Alan Fonteles veio a Lyon para a disputa do Mundial Paralímpico de Atletismo para se consolidar como um dos principais nomes do esporte na atualidade. Para conseguir essa meta, o paratleta brasileiro conta com uma estratégia. Para aumentar sua velocidade, o paraense está empregando uma saída de três apoios, para que assim possa largar melhor e superar seus adversários desde o começo.

"Não estou saindo mais como os outros atletas. Agora apoio só um dos pés e minha saída está muito mais veloz. Foi nisso que apostei e vem dando certo. Tentei isso em Londres, mas não deu muito certo. Depois que voltei, aprimorei e vem dando certo", contou Fonteles, que crê ser pioneiro nesta estratégia entre os biamputados.

"Nunca vi. Minha classe permite isso. Foi ideia do meu treinador e minha. Nos treinos eu fazia isso, era uma coisa diferente que estava dando certo. Hoje consigo sair na frente deles, mas por não ter o tornozelo, não saio tão bem nos 100 m. Nos 200 m tenho tempo para recuperar", contou.

Fonteles foi campeão paralímpico nos 200 m na categoria T44 e quebrou o recorde dos 100 m no Grand Prix de Berlim, com um tempo de 10s77. Em seus planos futuros estão o título mundial e novos recordes. O bom momento do paratleta chamou a atenção de novos patrocinadores, e Fonteles pode até mesmo desenvolver uma proteste própria.

"Essa empresa está criando uma prótese que vai se chamar Alan Fonteles e será só minha. Ninguém mais vai usar", contou o paraense, que participaria da criação da peça com o auxílio de um protético brasileiro, que de quebra adquiria o conhecimento para trazer de volta ao País.

Além disso, há planos de realizar uma ação social com crianças para fornecer próteses próprias para a corrida. Atualmente, no Brasil uma peça profissional custa de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Na Europa, o preço varia entre 3 mil a 5 mil euros.

*O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Fonte: Terra
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