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Atletismo

Fora da final, Pistorius diz que vai "treinar duro e voltar melhor"

5 ago 2012 - 21h37
(atualizado em 6/8/2012 às 02h00)
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Marina Novaes
Ulisses Neto
Direto de Londres

O velocista sul-africano Oscar Pistorius, primeiro atleta bi-amputado a competir na Olimpíada e na Paraolimpíada no atletismo, entrou para a história do esporte ao conquistar uma vaga na semifinal dos 400 m rasos, em Londres, mas não conseguiu se classificar, neste domingo, para a final. O corredor completou o percurso em 46s54 - marca bem inferior ao seu melhor tempo (45s07) -, e terminou a prova em 23º lugar (entre 24 corredores), mas está decidido a continuar e garante: voltará melhor nos próximos Jogos Olímpicos.

Pistorius faz história ao ser o primeiro atleta bi-amputado a competir em uma Olimpíada
Pistorius faz história ao ser o primeiro atleta bi-amputado a competir em uma Olimpíada
Foto: Getty Images

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"Eu queria ter arrancado um pouco mais rápido. Mas mesmo se tivesse sido mais rápido, seria muito difícil chegar à final. Os atletas que competiram hoje eram absolutamente fenomenais. Mas só de poder estar no topo, podendo correr entre os 24 melhores atletas olímpicos, é uma benção pra mim. E eu voltarei mais forte, eu treinarei mais duro. Eu ainda tenho muito trabalho pela frente, ainda tenho a Paraolimpíada, que vai ser inacreditável, e estou muito empolgado por isso", disse o "Blade Runner", ao deixar a pista do Olympic Stadium.

No sábado (4), na fase eliminatória, Pistorius terminou em 2º lugar de sua bateria, e em 16º no geral, ao completar o percurso em 45s44, sendo aplaudido de pé pelo público que lotava o estádio, emocionando-se. Hoje, o atleta foi o último do grupo a passar pela linha de chegada, mas mesmo assim ele foi aplaudido pelos demais competidores e ovacionado pela multidão que o assistia.

Primeiro colocado na mesma bateria em que Pistorius correu, e classificado na 2ª colocação geral, o velocista James Kirani, da Grenada, aplaudiu Pistorius e pediu para trocar com o corredor o papel de identificação que leva o nome dos atletas nas camisetas.

"Foi uma honra poder competir com ele, e poder apoiá-lo. É um exemplo de vida, uma pessoa que tem que lidar com muitas críticas, mas tenho certeza que essa só foi a primeira Olimpíada. Ele é um cara que tem muita fé, uma grande pessoa, foi uma honra", disse o Kirani, que terminou os 400 m rasos em 44s59.

Apesar de estar fora da final, Pistorius voltará a correr em Londres, onde tentará a classificação no revezamento 4X400 m, com a seleção da África do Sul, na próxima quinta-feira (9). Além disso, ele espera competir "no auge da forma" na Olimpíada do Rio de Janeiro, onde espera chegar à final.

"Eu acho que a seleção da África do Sul tem sim uma chance. Nós nunca fomos considerados os favoritos, mas nós mostramos, no campeonato mundial do ano passado, que conseguimos correr bem. Então se conseguirmos chegar à final, qualquer coisa é possível", disse o velocista - a equipe sul-africana ficou em 2º lugar no Campeonato Mundial de Daegu, na Coreia.

Aos 25 anos, o "Blade Runner" soma quatro medalhas de ouro em Paraolimpíadas, sendo uma em Atenas 2004 e duas em Pequim 2008. Pistorius conseguiu em 2008 índice suficiente para correr nos Jogos Olímpicos, mas não pôde competir após a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, da sigla em inglês) questionar se as próteses de carbono que usa abaixo dos joelhos poderiam favorecê-lo. Ele, porém, venceu a briga judicial e, no ano passado, novamente conquistou índice para a classificação olímpica.

"Foi a experiência mais inacreditável da minha vida. Eu sou muito abençoado. Eu vejo a história acontecer todos os dias", afirmou o atleta, que acabara de assistir à vitória e novo recorde do jamaicano Usain Bolt, nos 100 m rasos. "Parabéns ao Usain, ele fez uma corrida fenomenal. Isso só mostra que ele ainda é o número 1", completou.

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Fonte: Terra
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