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Atletismo

Fraser Pryce imita Bolt e Anderson Henrique sonha com medalha em Moscou

12 ago 2013 - 17h46
(atualizado às 18h00)
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Um dia depois do título mundial de Usain Bolt nos 100 m, o estádio Luzhniki de Moscou foi atingido por outro 'raio' jamaicano com a vitória de Shelly-Ann Fraser-Pryce na prova feminina.

O Brasil viveu altos e baixos, com a brilhante classificação de Anderson Henriques para a final dos 400 m rasos e eliminação de Ana Cláudia Lemos e Franciela Krasucki nas semifinais dos 100 m.

Anderson, de apenas 21 anos, avançou com o oitavo melhor tempo, correndo pela primeira vez abaixo da 'barreira' dos 45 segundos (44.95).

"Estou muito feliz por ter melhorado mais uma vez minha marca. Quero compartilhar esta alegria com meu técnico, meu país, meu clube, minha família e minha namorada. Agora, só tenho que descansar para fazer uma boa final", declarou o atleta à AFP.

A melhor marca geral foi do americano LaShawn Merritt campeão olímpico em Pequim-2008 e mundial em Berlim-2009, que venceu a segunda série em 44.60. O granadense Kirani James, atual campeão mundial e olímpico, ficou com o quarto melhor tempo (44.81).

Mais cedo, Ana Cláudia (11.25) e Franciela (11.34) ficaram apenas com o 11º e 15º melhor tempo das semifinais dos 100 m, respectivamente.

Duas horas depois, Fraser-Pryce, que já tinha sido a mais rápida das semifinais em 10.87, conquistou o ouro com a marca incrível de 10.71, a quarta melhor da história, a apenas um centésimo do recorde da competição, estabelecido pela americana Marion Jones em Sevilha-1999.

Ela chegou mais de dois décimos à frente da marfinense Murielle Ahoure, que ficou com a prata em 10.93 e que a americana Carmelita Jeter, campeã mundial em Daegu-2011, bronze em 10.04. Ahoure tornou-se a primeira mulher africana a subir ao pódio nos 100 m.

A jamaicana de 26 anos, que como Bolt é a atual bicampeã olímpica da distância, voltou a seguir os passos do compatriota ao se sagrar campeã mundial pela segunda vez na em sua carreira, repetindo a façanha de Berlim-2009.

Ao triunfar na prova mais prestigiosa do atletismo tanto no masculino quanto no feminino, a Jamaica confirmou sua hegemonia em provas de velocidade apesar dos escândalos de doping que resultaram na suspensão de estrelas como Veronica Campbell-Brown e Asafa Powell.

"Cheguei a sentir dores na perna, mas consegui superar esse problema. Vim aqui para dar o meu melhor e acabei ganhando. Foi muito complicado mas hoje sei porque trabalhei tão duro. No ano passado terminei meus estudos e pude me dedicar mais aos treinos", comentou Fraser-Pryce depois da prova.

Sem poder competir com a Jamaica nos 100 m rasos, os Estados Unidos brilharam nos 110 m com barreiras, com a dobradinha de David Oliver e Ryan Wilson.

Oliver venceu a prova em 13 segundos cravados, melhor marca da temporada, 13 centésimos mais rápido que o compatriota (13.13). O jovem russo Sergey Shubenkov, de apenas 22 anos, completou o pódio ao levar o bronze em 13.24.

A prova mais emocionante do dia foi a dos 400 m rasos feminino. Campeã olímpica em Pequim-2008 e medalhista de prata em Londres-2012, a britânica Christine Ohuruogu conquistou o ouro em Moscou ao superar Amantle Montsho, de Bostuana.

As duas atletas completaram a distância com o mesmo tempo 49 segundos e 41 centésimos e a vitória de Ohuruogu só foi decidida no photo-finish. O bronze ficou com a russa Antonina Krivoshapka (49.78).

Montsho, que perdeu a oportunidade de defender o título conquistado no Mundial de Daegu-2011, chegou a abrir uma clara vantagem nos últimos 100 m, mas a britânica fez uma reta final sensacional para surpreender a rival em cima da linha de chegada.

"Quero agradecer a Deus por tudo. Estou vivendo um sonho, é demais vencer desta forma, mal posso acreditar. Depois da corrida achei melhor não expressar minha alegria porque não tinha certeza do resultado. Só me soltei mesmo quando vi meu nome aparecer em primeiro lugar do placar eletrônico", comemorou Ohuruogu, que precisou esperar na pista por cerca de 30 segundos para ver o resultado da photo-finish.

"Estou feliz e triste ao mesmo tempo. No meu país, todo mundo esperava por minha vitória. Por isso estou um pouco decepcionada. Não vi Christine chegando atrás de mim. Se tivesse visto, talvez tivesse tentado colocar o tronco à frente", lamentou Montsho.

No salto com vara masculino, o alemão Raphael Holzdeppe conquistou a medalha de ouro ao superar o francês Renaud Lavillenie, atual campeã olímpico, que teve que se contentar com a prata.

Já a neo-zelandesa fez história ao se sagrar tetracampeã mundial do arremesso de peso com a marca de 20.88 m.

No lançamento de martelo, o ouro foi para o polonês Pawel Fadjek (81,97 m).

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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