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Atletismo

Gebrselassie critica chegada da maratona: "no estádio é melhor"

10 ago 2012 - 07h30
(atualizado às 09h57)
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Emanuel Colomabari
Direto de Londres

O etíope Haile Gebrselassie esbanjou sorrisos nesta sexta-feira, em evento a dois dias da disputa da maratona masculina na Olimpíada de 2012. Animado, ele elogiou o trajeto da corrida, que, segundo ele, tem apenas um problema: a chegada teria de ser feita no Estádio Olímpico.

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"Você precisa saber dos organizadores o que eles querem. Para mim, se for possível, termine no estádio. Imagine: é a melhor torcida que eu já vi. Se a maratona terminar no estádio, pergunte a essas pessoas. Mas terminar em estádio é realmente melhor", avaliou Gebrselassie.

Assim como aconteceu na competição entre as mulheres, a chegada da maratona masculina acontecerá no The Mall, uma rua próxima ao Palácio de Buckingham, onde acontece também a largada da prova. O Comitê Organizador dos Jogos informou que a medida foi tomada para diminuir a interferência da maratona nas outras modalidades e facilitar a visão do público.

Por outro lado, o fundista etíope elogiou o percurso da maratona, bastante criticado pelo trajeto cheio de curvas pela cidade. "Eu vi a corrida das mulheres. É sinuoso. Não é de subidas e descidas, é plano. O percurso não é ruim, é legal. Passamos por lugares históricos pela cidade, é muito bonito", disse, lembrando a vitória da etíope Tiki Gelana sobre a queniana Priscah Jetpoo.

Animado, apesar de estar fora da disputa, Gebrselassie brincou com os resultados abaixo do esperado alcançados pelos rivais quenianos em Londres e destacou o recorde mundial quebrado por David Rudisha (1min40s91) na final dos 800 m como fator de motivação para os adversários.

Em virtude dos treinamentos em altitude, Gebrselassie colocou os quenianos entre os favoritos à vitória na maratona de Londres, comparando a situação climática do país ao da Inglaterra. Para ele, os etíopes levavam vantagem com o clima da Olimpíada de 2004, em Atenas (venceu o italiano Stefano Baldini), assim como os quenianos levaram vantagem com as condições dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim (vitória de Samuel Kamau Anjiru, Quênia) - o que, para ele, repete-se na Inglaterra.

"Você acha que os quenianos não estão bem. Pelo que vimos ontem com Rudisha, fiquei orgulhoso", disse Gebrselassie. "Não esqueça o que o Quênia já fez. Às vezes, eles não estão tão fortes. Mas nós nos entendemos. Sem Etiópia não há Quênia, e sem Quênia não há Etiópia", completou.

Até a noite desta quinta-feira, o Quênia aparecia apenas como o quinto colocado do quadro de medalhas do atletismo. O país tinha sete medalhas (duas de ouro), atrás de Estados Unidos (24 medalhas, sete ouros), Jamaica (nove medalhas, três ouros), Rússia (nove medalhas, três ouros) e Grã-Bretanha (cinco medalhas, três ouros).

O Brasil contará com três atletas na disputa da maratona, neste domingo: Franck Caldeira, Marílson Gomes dos Santos e Paulo Roberto de Almeida Paula. Gebrselassie, 39 anos, alcançou índice olímpico para a prova, mas foi superado pelas melhores marcas dos compatriotas. O veterano foi campeão olímpico em Atlanta 1996 e Sydney 2000 nos 10.000 m.

Gebreselassie (à dir.) disse que a rivalidade entre Quênia e Etiópia é benéfica para os dois países
Gebreselassie (à dir.) disse que a rivalidade entre Quênia e Etiópia é benéfica para os dois países
Foto: Emanuel Colombari / Terra
Fonte: Terra
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