A estreia do Brasil no Mundial Paralímpico de Atletismo foi com o pé direito. Neste sábado, no Stade du Rhône, em Lyon, o paulista Odair dos Santos conquistou o ouro da prova dos 5000 m na categoria T11. O brasileiro fez um tempo de 15min33s37 e garantiu a vitória naquela que foi a primeira disputa a contar com atletas do País.
Odair fez a prova parecer fácil. Liderando a competição desde o começo, o paulista dominou os 5000 m e venceu com boa vantagem. O segundo lugar ficou com o chileno Cristian Valenzuela, enquanto o português Nuno Alves conquistou o bronze.
"Dá um destaque que é a primeira medalha do Brasil, hein gente! Por favor! (risos)”, brincou Odair ao encontrar com jornalistas após a prova. "É fantástico. Tive o privilégio de ser o primeiro atleta a conquistar o ouro na Nova Zelândia e pedia a Deus para repetir essa sensação. É indescritível. Só participando para saber a emoção", disse o paratleta.
O paulista ficou afastado das pistas por vários meses por conta de lesão sofrida no tendão durante a Paralimpíada de Londres na prova dos 1500 m. De volta desde fevereiro, Odair admite não estar 100%. "Só eu sei o que eu passei para chegar aqui hoje", afirmou.
"A gente define as estratégias e pelo fato deu não estar fazendo o treino adequado, com muita explosão, optei por sair mais forte no início e obter uma vantagem", contou.
*O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Allan Fonteles foi o porta-bandeira da delegação brasileira que inicia, a partir desta sexta-feira, o Mundial Paralímpico de Atletismo em Lyon, na França; veja
Foto: Allan Farina / Terra
Uma outra bandeira tricolor foi destaque a seguir, ao ser trazida por Thomas Brun, um soldado que perdeu a perna esquerda no Afeganistão
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Abertura foi realizada no Stade du Rhône, em Lyon, na França
Foto: Allan Farina / Terra
Bandeira do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) é apresentada durante cerimônia de abertura
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A abertura estava marcada para começar às 18h30 (13h30 de Brasília) e, cinco minutos antes, as nuvens que fechavam o céu de Lyon começaram a castigar o Stade du Rhône
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Quando foi a vez de o Brasil entrar na arena, a chuva já havia enfraquecido. Com isso, a delegação brasileira pode fazer sua festa, que teve o velocista Alan Fonteles como porta-bandeira
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Depois de vinte minutos de dança medieval, teve início a entrada das delegações, que foram obrigadas a recorrer a capas de chuva
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Mais de mil atletas de 101 países diferentes participam da competição, que já está em sua sexta edição
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Como era já esperado, a delegação mais festejada foi a da anfitriã França, que passou sem pressa pela pista da Stade du Rhône
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Visão geral da arena onde será disputado o Mundial Paralímpico de Atletismo
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A cerimônia foi encerrada com a entrada de jovens voluntários ao gramado do estádio, que levaram um mosaico grafitado em amarelo, verde e vermelho, as cores da competição
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Um helicóptero militar passou sobre a arena lentamente carregando a bandeira da França
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A abertura começou com apresentação ao estilo medieval, com atores fantasiados e disputa de esgrima
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Bastante animada, a equipe da casa brincou com a torcida e com o simpático mascote da competição, um leão
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Tenor canta hino da França na cerimônia de abertura do Mundial Paralímpico de Atletismo
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Uma outra bandeira tricolor foi destaque a seguir, ao ser trazida por Thomas Brun, um soldado que perdeu a perna esquerda no Afeganistão
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Terezinha Guilhermina, uma das estrelas da delegação brasileira, é escoltada no desfile de abertura