Para campeão olímpico, deve haver 2ª chance em caso de doping
24 abr2012 - 13h23
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Medalhista de ouro no salto triplo na Olimpíada de Sidney, em 2000, o inglês Jonathan Edwards está satisfeito com a possibilidade de que as punições por toda vida impostas pelo Comitê Olímpico Britânico (BOA) a atletas flagrados por uso de doping sejam revogadas. De acordo com ex-competidor, eles merecem uma segunda chance. As informações são da BBC.
Uma regra do BOA proíbe atletas com histórico de doping de participar dos Jogos Olímpicos como representantes do Reino Unido. Porém, a Agência Mundial Antidoping (Wada), criada em 1999, teve como principal feito unificar a legislação antidoping, submetendo todos os membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao mesmo código, assim impedindo diferentes punições.
Dessa forma, existe a convergência entre o BOA e a Wada para ver se haverá um padrão nas punições por doping ou cada país terá seus próprios métodos e regras. A Corte Arbitral do Esporte (CAS) media o caso e publicará uma decisão na próxima semana, conforme informa a BBC.
Na última semana, jornais britânicos divulgaram que dirigentes do BOA estavam cada vez mais pessimistas em relação à decisão que será anunciada pelo CAS, embora não tivessem recebido indicação formal do tribunal sobre qual seria a sentença.
Essa perspectiva anima atletas como o o velocista Dwain Chambers, que pode ver seu caminho aberto para os Jogos de Londres. Chambers foi flagrado no exame antidoping em 2003, suspenso de competições por dois anos e impedido de disputar qualquer edição de Olimpíada pelo BOA desde então.
Apesar de pensar que os competidores flagrados em testes positivos de doping merecem uma segunda chance, Jonathan Edwards acredita que dois anos de punição não são suficientes. À BBC, o medalhista de ouro em Sidney disse que o mundo precisa se unir e introduzir uma punição de quatro anos.
Outro atleta britânico que pode ser beneficiado com uma eventual decisão contrária às pretensões do BOA é o ciclista David Millar, que assim como Chambers cumpriu suspensão por doping e pode ver renovada sua pretensão de integrar a equipe do Reino Unido nos Jogos de Londres.
A posição do BOA recebe o apoio de muitos atletas, como do ciclista Chris Hoy. Mesmo assim, Edwards não crê que competidores como Chambers e Millar possam ter problemas de aceitação na equipe britânica caso venham a disputar a Olimpíada. Ele destacou, em relação ao velocista e ao ciclista, que ambos defendem as cores britânicas há muito tempo, sendo que Millar era capitão de equipe quando Mark Cavendish foi campeão do mundo.
Londres 2012 no Terra
O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.
Primeiro medalhista olímpico do Afeganistão luta taekwondo:
Os britânicos estão insatisfeito com o uniforme olímpico moderno, querem impedir atletas com histórico de doping de competir e exigem padrão de qualidade para que seus representantes não decepcionem em casa; Entenda a postura rígida do Reino Unido para os Jogos Olímpicos de Londres
Foto: Getty Images
Padrão de qualidadeApesar de ser agraciado com o direito de colocar representantes em todas as modalidades olímpicas por ser país-sede, o Reino Unido exige de seus atletas padrões mínimos de qualidade para confirmar o uso das vagas. A equipe de ginástica rítmica não alcançou a meta e quase ficou fora do evento
Foto: Getty Images
Padrão de qualidadeO objetivo do Comitê Organizador comandado por Sebastian Coe, em parceria com o Comitê Olímpico Britânico, é assegurar representatividade para que haja um legado em todos os esportes
Foto: Getty Images
Padrão de qualidadeA equipe feminina de ginástica rítmica ficou a apenas 0.273 da meta exigida no evento-teste para a Olimpíada e foi excluída do evento. As atletas precisaram recorrer ao Sports Resolution UK, tribunal independente criado para resolver disputas na área esportiva
Foto: Getty Images
Doping Para o Comitê Olímpico Britânico (BOA), trata-se de uma questão de honra não contar com atletas que tenham caso de doping no histórico. Um atleta tenta romper essa tradição: Dwain Chambers
Foto: Getty Images
Doping Atletas com condenação por uso de substâncias ilegais são impedidos de disputar Olimpíada pelo Comitê Olímpico Britânico, independentemente da punição já ter sido cumprida. Para a Agência Mundial Antidoping (Wada), a medida configura um castigo extra e seria ilegal
Foto: Getty Images
Doping Chambers foi pego por doping em 2003, admitiu o erro, ajudou nas investigações e cumpriu os dois anos de suspensão do esporte. Agora, tenta obter a liberação com a ajuda da Agência Mundial Antidoping
Foto: Getty Images
Wild cardExcluído do revezamento da Tocha Olímpica pelo território britânico, o ex-esquiador Eddie Edwards expôs uma opinião do presidente do Comitê Organizador Local dos Jogos de Londres, o ex-atleta Sebastian Coe: a contrariedade ao wild card
Foto: Getty Images
Wild Card O Wild Card é um passe que permite que atletas possam disputar o evento mesmo sem ter cumprido os critérios de classificação pré-estabelecido. Seu uso mais comum é para incentivar o desenvolvimento do esporte em nações carentes. Coe seria contrário por acreditar que apenas os melhores merecem vaga
Foto: Getty Images
Wild CardO presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, também já se manifestou neste sentido, defendendo o fim do sistema de distribuição de vagas
Foto: Getty Images
Britânicos de Plástico "Britânicos de plástico" foi a denominação usada para se referir a atletas não nascidos na Grã-Bretanha, mas que representarão o país nos Jogos Olímpicos de Londres. As críticas vêm principalmente pela conveniência encontrada pelos estrangeiros no time britânico e pela falta de patriotismo dos mesmos
Foto: Getty Images
Britânicos de plástico O maior exemplo disso vem da velocista Tiffany Porter, que nasceu nos Estados Unidos, é filha de pai nigeriano e mãe britânica, e foi a capitã do time de atletismo da Grã-Bretanha no Mundial Indoor de Istambul, em março. Um jornalista pediu à atleta para cantar o hino ingles God Save the Queen durante uma entrevista, e ela não soube recitar sequer os primeiros versos
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Uniforme "moderno" Desenhado por Stella McCartney, filha do ex-Beatle Paul McCartney, o uniforme britânico para os Jogos Olímpicos tem traços modernistas que desconstroem a bandeira do Reino Unido, espalhando formas geométricas pelo tecido. No entanto, não agradou entre os britânicos
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Uniforme "moderno" Os jornais fizeram muitas críticas ao modelo principalmente por não apresentar a bandeira britânica de forma clara. A falta do vermelho também incomodou muito, gerando um temor de que pudesse causar protestos por parte dos atletas galeses
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Uniforme "moderno" O jornal The Guardian até resgatou um estudo indicando que atletas em vermelho se destacam mais em competições