Shellly-Ann Fraser repete Bolt e leva novo ouro dos 100m em Pequim
A jamaicana Shellly-Ann Fraser-Pryce confirmou seu favoritismo na prova feminina dos 100m rasos no Campeonato Mundial de atletismo de Pequim e conquistou a medalha de ouro do evento no Estádio Ninho do Pássaro, onde há sete anos foi campeã olímpica da mesma disputa. O roteiro é o mesmo escrito por seu compatriota Usain Bolt, no masculino.
Shellly-Ann Fraser conquistou o feito histórico na noite desta segunda-feira no horário de Pequim, manhã do Brasil. Com tranças verdes no cabelo e adornos de flores amarela na cabeça, ela completou a prova em 10s76, deixando a holandesa Dafne Schippers com a prata com 10s81 e a norte-americana Tori Bowie com o bronze, com 10s86. A também jamaicana Veronica Campbell-Brown foi a quarta.
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A velocista caribenha conquistou os 100m rasos nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, em que as provas de atletismo ocorreram no Ninho do Pássaro, e em Londres 2012. Em Campeonatos Mundiais, este é seu terceiro ouro da prova, já que ela também subiu ao lugar mais alto do pódio em Berlim 2009 e Moscou 2013.
Os feitos são os mesmos de seu compatriota Usain Bolt, ouro nos 100m nas Olimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012 e nos Mundiais de 2009, 2013 e 2015 – em 2011 ele era favorito à conquista, mas queimou a largada na final. Sua última conquista veio neste domingo, quando venceu a disputa na capital chinesa. O velocista masculino, no entanto, também foi campeão dos 200m e do 4x100m em todos os Jogos e Mundiais desde 2009.
O Brasil não contou com atletas na final dos 100 rasos feminino, já que Rosângela Santos foi eliminada na semifinal com o 12º tempo geral, 11s07. A trinitina Michelle-Lee Ahye foi a oitava e última classificada à decisão, com 10s97.
No mesmo dia em que Shellly-Ann Fraser confirmou seu favoritismo, os espectadores no Ninho do Pássaro viram a queda de uma das grandes estrelas deste Mundial: o saltador com vara francês Renaud Lavillenie. Recordista mundial e dono da melhor marca da temporada, ele dividiu o bronze da prova com os poloneses Piotr Lisek e Pawel Wojciechowski, com a marca de 5,80m.
A medalha de ouro foi do canadense Shawnacy Barber, com 5,90m, mesma marca do alemão Raphal Marcel Holzdeppe. O atleta da América do Norte, no entanto, superou o sarrafo em sua primeira tentativa, o que o deixou à frente do rival europeu. O brasileiro Augusto Dutra da Silva ficou em nono, com 5,65m.
Lavillenie, que nesta temporada já saltou 6,05m, começou sua participação na final já com o sarrafo a 5,80m e o ultrapassou de primeira. Em suas três tentativas de alcançar 5,90m, no entanto, falhou e acabou fora da briga pelo lugar mais alto do pódio.
No salto triplo feminino, a brasileira Keila Costa ficou com a 12ª colocação, pior marca da final, com 13,90m. O ouro ficou com colombiana Caterine Ibarguen, com 14,90m. A prata foi da israelense Hanna Knyazyeva-Minenko, com 14,78m, logo à frente da cazaque Olga Rypakova, bronze com 14,77m.
No lançamento de dardo masculino, Júlio César de Oliveira ficou com a 15ª colocação, com a marca de 79,91m e foi eliminado nas classificatórias. O último atleta a garantir vaga na final foi o alemão Johannes Vetter, que atingiu o 12º posto com 80,86m.
Gazeta Esportiva
