Terezinha atua como psicóloga do Brasil e quer atender em consultório
Uma das atletas mais premiadas da história do esporte paralímpico, a mineira Terezinha Guilhermina já sabe o que quer fazer após deixar as pistas. A brasileira é estudante de psicologia, está prestes a se formar e quer atender em um consultório no próximo ano. Enquanto isso, usa seus conhecimentos com seus colegas na delegação brasileira.
"(Sou psicóloga) Dos meus guias, dos meus amigos, de todo mundo. Dei uns toques no Felipe, no Jorginho, na angolana minha amiga (Esperança Gicaso). Mas eu brinco, tenho amizade com todo mundo e sempre tento passar do lado positivo", explicou Terezinha, que no Mundial de Atletismo de Lyon conquistou três ouros na categoria T11 (100 m, 200 m e 400 m).
"Tudo que aprendo na faculdade eu uso. Faço psicoterapia separado, só para mim, como pessoa. Serve para controlar a ansiedade ou minha ou do Guilherme quando estou meio tensa. Às vezes para me motivar ou relaxar. Conhecimento não ocupa espaço e pode ser usado. Aprendi a me conhecer e, quanto mais me conheço, mais me admiro", afirmou a mineira.
Terezinha está no último ano do curso de psicologia da Unicesmar, universidade de Maringá. A paratleta já faz estágio de clínica e fala em trabalhar com idosos. "Em um primeiro momento gostaria de atender todos aqueles que eu puder realmente oferecer algum tipo de ajuda, até porque preciso de muita experiência e ainda sou crua", disse.
"Acho o ser humano muito melhor por dentro do que por fora. Você consegue construir a realização de um sonho quando começa de dentro e não de fora", explicou. Enquanto isso, outra preocupação da mineira é a sua festa de formatura. Apesar de estar marcada somente para o próximo ano, ela está preparada. "Já aluguei o vestido", contou Terezinha.
*O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro.
