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B. Senna lembra morte de companheiro de equipe em Le Mans: "bem complicado"

17 jul 2013 - 07h37
(atualizado às 07h37)
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A temporada 2013 do Mundial de Endurance tem sido positiva para Bruno Senna, que faz sua estreia na categoria. No entanto, um fato bastante negativo irá marcar todo o ano do brasileiro e da competição: a morte do dinamarquês Allan Simonsen, companheiro de Bruno na equipe Aston Martin, após acidente nas 24 Horas de Le Mans.

No último dia 22 de junho, Simonsen sofreu uma violenta batida logo no início da corrida - sua morte foi declarada minutos depois, ainda no centro médico do Circuito de La Sarthe. Com experiência em categorias como Fórmula Ford e Fórmula Renault, o dinamarquês disputava as 24 Horas de Le Mans pela sétima vez na carreira, a terceira pela categoria GTE. Com Bruno Senna, dividia o time pela primeira vez.

"Conheci ele neste ano, quando comecei a correr de Aston. Ele correu as duas primeiras corridas com a gente, em Silverstone (Inglaterra) e Spa (Bélgica)”, lembra Bruno. “A cada corrida, você conhece mais o cara. Lá mesmo em Le Mans, eu soube que ele tinha uma filha de 14 meses. O pai e o irmão dele estavam lá, e uma das minhas credenciais foi para o irmão dele. Foi uma coisa superdifícil. Você começa a se aproximar da pessoa e a pessoa falece... É bem complicado", completou.

Apesar de companheiros de equipe, Bruno e Simonsen não disputavam a mesma categoria. O brasileiro corria na LMGTE Profissional, enquanto o dinamarquês disputava a LMGTE Amador. O brasileiro dividiu o carro com o britânico Darren Turner, com o alemão Stefan Mücke (na primeira etapa, Silverstone) e com o francês Frédéric Makowiecki (nas duas etapas seguintes, Spa-Francorchamps e Le Mans). Até aqui, com uma vitória e um segundo lugar, somou 45 pontos.

Simonsen, por sua vez, correu todo o ano ao lado dos compatriotas Christoffer Nygaard e Kristian Poulsen. Curiosamente, o trio repetiu o desempenho do Aston Martin de Bruno Senna (vitória na Inglaterra, segundo lugar na Bélgica e abandono na França), contabilizando os mesmos 45 pontos até aqui.

Ao comentar a segurança do Mundial de Endurance, Bruno se lembrou de sua passagem de três pela Fórmula 1 e admitiu: na nova categoria, algumas questões ainda podem ser melhoradas. Especialmente levando-se em consideração o acidente de Allan Simonsen – o primeiro com uma vítima fatal nas 24 Horas de Le Mans desde 1997.

"Não tem como enganar: a Fórmula 1 é o tipo de automobilismo mais seguro do mundo. Os carros e as pistas são muito seguros. Le Mans é uma pista especificamente perigosa em termos de estrutura, de área de escape. É uma pista muito rápida. Os acidentes que acontecem em Le Mans são geralmente grandes. É uma das pistas de maior risco que você pode assumir. Mas o carro é muito seguro. Às vezes acontecem acidentes em que os fatores se combinam, e acontece como aconteceu com o Allan. Mas a gente espera que todo mundo aprenda com isso e a segurança melhore", analisou Bruno.

<p>Piloto da Aston Martin, Allan Simonsen morreu após acidente nas 24 Horas de Le Mans (foto)</p>
Piloto da Aston Martin, Allan Simonsen morreu após acidente nas 24 Horas de Le Mans (foto)
Foto: Reuters

O brasileiro voltará a correr pela categoria no dia 1° de setembro, quando será disputada a quarta etapa da temporada: as 6 Horas de São Paulo, no Autódromo de Interlagos. A meta é conquistar um bom desempenho em casa, para poder brigar pela liderança da classificação – atualmente nas mãos de Marc Leib (Alemanha), Romain Dumas (França) e Richard Lietz (Áustria), companheiros da equipe Porsche, com 72 pontos.

"A oportunidade que eu estou tendo neste ano é uma p... oportunidade. Estou com um carro competitivo. E não sabia se ia ser um carro competitivo. Começamos o ano vencendo já (em Silverstone) A fase de adaptação foi muito favorável. Estou correndo para ganhar, não para fazer parte da corrida. Isso está fazendo toda a diferença para mim", analisou.

Fonte: Terra
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