Equipe dispensa patrocinador e homenageia escoteiros em carro

Emanuel Colombari

Henrique Moretti

Direto de São Paulo

Em meio às questões dos patrocinadores da Fórmula Indy, fundamentais para viabilizar a categoria em pistas internacionais, há quem disponibilize a pintura de seu chassi para uma causa em que acredita. É o caso de Dale Coyne, proprietário de equipe homônima, que divulga o trabalho dos escoteiros dos Estados Unidos em um de seus dois carros.

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Em provas como a São Paulo Indy 300, o bólido pilotado pelo britânico James Jakes exibes as cores, a marca e o símbolo da organização Boys Scouts of America. No outro carro do time, dirigido pelo também britânico Justin Wilson, outro patrocinador toma conta dos espaços.

"Dale doa os espaços para os escoteiros, é o que ele quer fazer", explica John Stiwell, amigo do proprietário do time. De bom humor, Stiwell se apresenta como "a avó do time", uma vez que acompanha a Dale Coyne apenas a convite do próprio Coyne - este, andando de muletas após machucar o tornozelo no fim do ano.

De acordo com "a avó", a Dale Coyne se sustenta graças ao apoio de outros patrocinadores, além do investimento do próprio chefe do time. Graças ao trabalho de divulgação, o ex-escoteiro Coyne recebeu o Prêmio Búfalo Prateado, oferecido pela própria Boy Scouts of America em 2011.

Entre outros laureados com a medalha em questão, estão ex-presidentes dos Estados Unidos: Franklin Roosevelt, Dwight Eisenhower, Harry Truman, Lyndon Johnson, Richard Nixon, Gerald Ford, Jimmy Carter, Ronald Reagan, George Bush, Bill Clinton e George W. Bush. Além deles, nomes como J. Edgar Hoover (ex-diretor do FBI), Walt Disney (cartunista), Neil Armstrong (astronauta), Charles Schulz (cartunista) e Bill Gates (empresário) também foram homenageados.

Ainda segundo Stiwell, Dale Coyne e seus pilotos procuram sempre realizar eventos com escoteiros nos locais por onde a Fórmula Indy passa. No Brasil, por falta de tempo, a possibilidade não foi cogitada.

"Fazemos programas com os garotos. No Japão, por exemplo (em 2011, na etapa de Motegi), tivemos 300 ou 400 escoteiros para ver o carro", disse. "No Japão, tivemos dois dias livres, então tivemos tempo. Aqui, chegamos na quinta-feira pela manhã", lamentou Stiwell.

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