Organização da Indy em SP desafia rivais no Brasil: "tem que ter know how"
São recorrentes os boatos de uma corrida da Fórmula Indy fora de São Paulo – fosse uma segunda prova no Brasil, fosse uma alternativa à São Paulo Indy 300. No entanto, a organização da disputa no Circuito do Anhembi se mostra tranquila quanto a sua permanência no calendário, e até mesmo questiona candidatas como Porto Alegre, Campinas e Ribeirão Preto a oferecer melhores condições.
“É óbvio que tem cidades que se interessam em conquistar (uma prova da Indy). Porto Alegre falou que gostaria, Campinas, Ribeirão Preto está fazendo Stock Car... As pessoas precisam entender a complexidade do evento. As pessoas têm que ter estrutura, competência, know how para realizar Fórmula 1 em Interlagos e a Indy no mesmo ano”, afirmou Caio Luiz de Carvalho, diretor geral da empresa de eventos que realiza a prova.
Ex-presidente da SPTuris (companhia de turismo da prefeitura de São Paulo), Carvalho acredita se “impossível” até mesmo encontrar outra região na própria cidade para receber a corrida além do Parque do Anhembi. “Na capital, não existe. O prefeito (Fernando Haddad), na visita que fez (ao circuito) no sábado, observava o mapa, e 60%, 70 % da corrida é feita dentro do Anhembi. Os pilotos gostam da sensação, de passar no Sambódromo”, destacou.
A permanência em São Paulo também foi destacada por Greg Gruning, vice-presidente-executivo da categoria. Celebrando parcerias comerciais com o Brasil, em especial no uso do etanol nos carros, o dirigente disse “amar” o Circuito do Anhembi e exaltou a atmosfera do público.
“Não poderíamos estar mais animados para essa corrida em São Paulo. É um grande mercado para nós, é autêntico”, disse Gruning. “Nossos pilotos são únicos. Eles pilotam em circuitos temporários, permanentes. Eles reclamam, mas lidam com características que outros pilotos não lidam. Amo os fãs daqui, que nos tratam bem”, acrescentou.
A expectativa da organização é negociar os 40 mil ingressos para a corrida deste domingo. Até a tarde desta quinta-feira, segundo Caio Luiz de Carvalho, restavam 2 mil ingressos à venda. Sem Rubens Barrichello, principal chamariz da prova de 2012, o organizador acredita em novidades para atrair o público, como a facilidade de acesso ao Pavilhão do Anhembi, onde os carros são montados.
“As vendas foram muito boas. Temos 2 mil ingressos para ser vendidos. Claro que, no ano passado, com a entrada do Rubinho, foi um impacto diferente. Mas conseguimos fazer com que as vendas (em 2013) se acelerassem depois que o Tony (Kanaan) fez promoção, depois que o Hélio (Castroneves) ficou em primeiro lugar no campeonato, com a Bia entrando definitivamente”, disse Carvalho, reforçando a posição do evento como divulgação da imagem da cidade.
“É importante que vocês saibam que a Indy tem uma característica especial: ela é forte no mercado americano, e São Paulo é o principal destino de americanos na América do Sul. A promoção da cidade, levada ao ar, é muito importante para nós. Promove a cidade de São Paulo”, explicou também.
