"Deus deveria ter me levado", diz companheiro de Wheldon
17 out2011 - 16h08
(atualizado às 16h30)
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A dor pela perda de Dan Wheldon, no acidente da etapa de Las Vegas na Indy, atingiu Tomas Scheckter com força. O piloto da Sarah Fisher não se conforma com a morte do amigo e, na manhã desta segunda-feira, afirmou que preferia ter morrido em seu lugar.
"Conhecia Dan desde os 16 anos. Eu tinha um pôster dele de kart no meu quarto quando eu tinha 12 anos, na África do Sul. Deus deveria ter me levado", contou o sul-africano.
Ele também contou que espera algumas mudanças nas regras da Indy, visando maior segurança aos pilotos. "É hora de os pilotos se unirem e começarem a trabalhar em grupo. Precisamos de uma voz, antes que as vozes que amamos ouvir não estejam mais conosco. As coisas vão ter que mudar. Não vou esquecer o que vi".
Jody Scheckter, pai de Tomas e campeão da Fórmula 1 em 1979, disse que está tentando convencer seu filho a deixar a categoria. Segundo ele, a Indy não apresenta nenhuma segurança.
"No momento, é a forma de automobilismo mais perigosa que existe. A fórmula que eles usam é mais um espetáculo e torna tudo muito, muito perigoso em circuitos como este. Em outros circuitos, não é tão ruim", afirmou em entrevista à BBC.
O acidente que tirou a vida de Dan Wheldon em Las Vegas é mais um em uma longa e triste lista de mortes na história da Indy; confira outras tragédias
Foto: AFP / AP
Wheldon morreu em acidente sério durante a etapa de Las Vegas da Indy, a última prova da temporada
Foto: Getty Images
O piloto foi levado ao hospital, mas não resistiu
Foto: AP
Wheldon deixa esposa e filhos; o inglês venceu duas vezes as 500 Milhas de Indianápolis
Foto: Getty Images
Wheldon não foi o primeiro britânico a perder a vida na Indy; em 1968, Mike Spence morreu ao acertar uma parede de concreto durante treino
Foto: Getty Images
Em 1996, o carro de Jeff Krosnoff acertou uma barreira de concreto após colisão com Stefan Johansson; o americano morreu ainda na pista
Foto: AFP
Em 1996, um pneu de Scott Brayton estourou e fez com que o americano colidisse com a barreira de proteção a 370 km/h, morrendo instantaneamente; na imagem acima, a filha de dois anos de Brayton presta uma homenagem
Foto: AFP
Tony Renna morreu em 2003 durante treino na Indianapolis Motor Speedway; o americano perdeu o controle do carro e colidiu com a grade de proteção
Foto: Getty Images
Última morte na Indy antes de Wheldon, o acidente de Paul Dana em 2006 envolveu uma colisão com o carro de Ed Carpenter em treino livre em Homestead