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Fórmula Indy

Sem críticas, engenheiro descarta reformar zebras no Brasil

27 abr 2012 - 20h11
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Emanuel Colombari
Henrique Moretti
Direto de São Paulo

As zebras do Circuito do Anhembi não devem ser problema para os pilotos da Fórmula Indy neste final de semana, na terceira edição da São Paulo Indy 300. Apesar das críticas feitas em 2011 por pilotos como Helio Castroneves, de que as peças em questão eram muito altas, o homem responsável pelo traçado garante que está tudo dentro dos conformes.

Tony Cotman, engenheiro responsável pela pista paulistana, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira e respondeu sobre o assunto. Segundo ele, nenhuma crítica sobre o assunto chegou à organização do evento ou da Fórmula Indy. Por isso, as zebras não foram alteradas.

"Para ser sincero, não ouvi reclamações sobre as zebras", disse Cotman, demonstrando acreditar que a configuração das peças é a ideal. "Se você baixá-las, elas podem ser inúteis - os pilotos passariam reto pelas curvas. Se ficarem altas, poderão se tornar perigosas", exemplificou.

No ano passado, Castroneves chegou a se reunir com representantes da prefeitura de São Paulo, para apresentar uma opção de zebras - um modelo feito com placas de fibras flexíveis, utilizado em pistas dos Estados Unidos. Como a sugestão não foi acatada, as curvas do Circuito do Anhembi continuam protegidas por concreto.

Apesar da intransigência no assunto, a organização da São Paulo Indy 300 reformou outro ponto que incomodava os pilotos: o "degrau" na transição entre o concreto do Sambódromo e o asfalto das vias públicas que integram o circuito. Para Tony Cotman, a situação consolida a pista de São Paulo entre as melhores do calendário da Fórmula Indy.

"Eles gostaram da melhora", disse Cotman. "O Brasil fez melhor que qualquer outra pista. Queremos levar isso a outros lugares", completou o engenheiro, colocando o Circuito de Qingdao - que receberá a etapa da China pela primeira vez neste ano, igualmente em pista de rua - como um possível destino do exemplo paulistano.

Por outro lado, a pista de rua de São Paulo levou vantagem na comparação feita por Cotman com Toronto - segundo ele, esburacada e vítima da neve que cai sobre a cidade nas viradas do ano. "Aqui não há neve. Infelizmente, há a chuva. Cada local tem seu problema", disse o engenheiro.

A chuva, por sinal, caiu sobre São Paulo nas duas últimas edições da prova, e não deixa de ser uma preocupação pela terceira temporada consecutiva. "Espero que não chova, mas temos que ser realistas: vai chover. Afinal, aqui é o Brasil", brincou Tony Cotman. "A corrida é em período chuvoso (no Brasil) e chove muito", completou.

Tony Cotman disse não ter ouvido reclamações sobre zebras; degrau na pista foi reformado
Tony Cotman disse não ter ouvido reclamações sobre zebras; degrau na pista foi reformado
Foto: Bruno Santos / Terra
Fonte: Terra
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