Em comunicado, Toyota anuncia saída da Fórmula 1
A Toyota, maior fabricante mundial de veículos, anunciou nesta quarta-feira que, por razões econômicas, está se retirando da Fórmula 1. Com isso, a partir da próxima temporada, o Japão não terá escuderias na categoria. Em 2009, o italiano Jarno Trulli, o alemão Timo Glock e o japonês Kamui Kobayashi defenderam a equipe na F1.
O presidente da empresa, Akio Toyoda, se desculpou pelo fracasso da equipe na tentativa de vencer sequer uma corrida desde que chegou à categoria em 2002, apesar de um orçamento anual estimado em cerca de 300 milhões de dólares. Na conferência de imprensa, o chefe de equipe Tadashi Yamashina estava aos prantos. Em sete anos, foram 13 pódios e 87 pontos.
"Foi uma decisão muito difícil, mas inevitável", afirmou Toyoda. "Desde o ano passado, com a piora do cenário econômico, temos sofrido com a questão de continuar ou não na F1", completou. "Estamos saindo da categoria completamente. Dou minhas completas desculpas aos fãs da Toyota por não atingirmos os objetivos que traçamos".
A decisão da maior montadora do mundo de deixar a categoria vem num momento em que a indústria automotiva começa a se estabilizar após queda nas vendas em meio à crise financeira. A saída da Toyota como equipe e fornecedora de motores, porém, é outro golpe na Fórmula 1 depois que a segunda maior montadora do Japão, a Honda, anunciou sua retirada da categoria em dezembro do ano passado.
No comunicado, a empresa confirmou as informações publicadas pelo jornal japonês Mainichi e se une a outras marcas japonesas que decidiram abandonar o automobilismo, como Honda na Fórmula 1, Suzuki e Subaru no Mundial de Rally, e fabricante de motos Kawasaki, na MotoGP. A Toyota tinha planos de continuar na categoria até 2012, mas a "grave situação econômica atual", como assinala na nota, provocou sua retirada da modalidade mais famosa do automobilismo mundial.
Com informações da Reuters.