Fãs da F1 querem briga Schumacher x Alonso e "mais tradição"
23 mar2010 - 08h00
(atualizado às 08h06)
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Em meio às críticas até dos pilotos que detectam falta de emoção na nova Fórmula 1, a Fota (associação de equipes da categoria) resolveu ouvir os fãs para tentar melhorar esse cenário. Assim, a entidade entrevistou 84.456 pessoas e chegou à conclusão de que a maioria delas sonha com duelos mano a mano entre Michael Schumacher e Fernando Alonso e defende a permanência de circuitos tradicionais no calendário.
Durante os últimos meses, a Fota procurou saber a opinião de aficionados pela categoria de 174 países diferentes. Com o resultado, divulgado pelo diário espanhol Marca nesta terça-feira, as escuderias já sabem o que mais e o que menos agrada a seu público, em quais aspectos deve evoluir e de quais pode prescindir.
Nessa radiografia da Fórmula 1, saíram perdendo o presidente da FOM (que controla os direitos comerciais da categoria), Bernie Ecclestone, e o ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Max Mosley.
Isso acontece porque a maior parte do público não gosta de corridas de rua ou noturnas, características que vêm sendo defendidas por Ecclestone na recente expansão do campeonato, preferindo que sejam mantidos os grandes prêmios clássicos, especialmente os de Mônaco, Itália, Inglaterra, Alemanha e Bélgica.
A proposta defendida arduamente por Mosley no ano passado, quando um teto orçamentário para as equipes de 40 milhões de libras (R$ 108 milhões) chegou a ser aprovado antes de descartado, também não conta com o aval dos fãs. Eles querem que a Fórmula 1 preserve sua filosofia de apresentar o que mais de avançado há em tecnologia automobilística no mundo.
Diante de tantas cobranças por mais emoção e tradição nas pistas, os torcedores ao menos aprovaram o novo sistema de pontos da categoria, que buscou valorizar as vitórias ao premiar com 25 pontos o ganhador de cada corrida. Eles ainda sugeriram mudanças nas transmissões de televisão, querendo ter a chance de ver a tela dividida com as imagens de dois pilotos de sua preferência ao mesmo tempo.
Na terceira corrida da temporada de 94, no GP de San Marino, em Ímola, Senna fez sua última corrida de Fórmula 1
Foto: Getty Images
No ano de estreia na Fórmula 1, em 1984, Ayrton Senna conquistou bons resultados com a Toleman. No GP de Monaco (foto), largou na 13ª posição e só não venceu pois a prova fora interrompida
Foto: Getty Images
Em 1985, já na Lotus, Senna venceu sua primeira corrida na F1, no GP de Portugal, largando na pole position sob intensa chuva
Foto: AFP
Lotus de Ayrton Senna chega em segundo lugar no GP do Brasil, atrás de Nelson Piquet; dobradinha brasileira em Jacarepaguá em 1986
Foto: Getty Images
O GP de Monaco de 1987 também teve dobradinha brasileira, mas com vitória de Senna, que pilotava a Lotus com novo patrocinador
Foto: Getty Images
Com o recorde de maior série consecutiva de pole positions, conquistadas em 1988 já com a McLaren, Senna conquistou seu primeiro campeonato mundial
Foto: AFP
Assim como no ano anterior, a McLaren dominou a temporada de 1989; no GP do Japão, Prost bateu quando Senna tentava ultrapassagem e foi campeão
Foto: Getty Images
O troco viria em 1990, também em Suzuka, mas com Prost na Ferrari: Senna provocou acidente e sagrou-se bicampeão mundial de Fórmula 1
Foto: Getty Images
Já bicampeão mundial, Senna só venceu seu primeiro GP do Brasil em 1991, de maneira heroica: com problemas mecânicos, guiou seu McLaren com apenas a segunda e a sexta marcha
Foto: Getty Images
Senna conquistou o tricampeonato mundial de Fórmula 1 em 1991, no GP do Japão
Foto: Getty Images
Em 1992, Senna segura Mansell, vence nas ruas de Monte Carlo e torna-se o maior vencedor de Mônaco, com seis vitórias
Foto: Getty Images
Mesmo com a superioridade da Williams, Senna vence seu segundo GP do Brasil em 93; novato Michael Schumacher fica em terceiro
Foto: AFP
Naquele ano de 93, Senna fez uma de suas melhores corridas no GP de Donington. Largou em quinto lugar e, na chuva, foi o campeão
Foto: Getty Images
Em 1994, Senna deixa a McLaren para ser companheiro de Damon Hill na Williams; fez, no GP do Brasil, sua estreia pela escuderia inglesa