Para reserva da Virgin, dinheiro sobrepõe o talento na F1
O espanhol Andy Soucek, terceiro piloto da Virgin, está encontrando dificuldades para conseguir uma vaga no grid da Fórmula 1 em 2011. Segundo ele, o atual panorama da categoria está pedindo mais dinheiro do que currículo.
O ibérico confirmou estar negociando com diversas equipes, tanto para ser reserva, quanto para assumir a titularidade, mas identificou um problema: seu currículo de títulos na F-2 e na F-3 espanhola, além da experiência como piloto de testes da Toyota, em 2006, e da Williams, em 2009, quando liderou o primeiro dia de testes para novatos em Jerez de la Frontera, não é suficiente.
"Como piloto, você sempre precisa de apoio e patrocinadores, mas agora vejo um problema: na atual situação, com marketing e patrocínio reduzido no mundo, há outros pilotos que são apoiados politicamente, até pelos próprios países. Isso significa que os preços pelos cockpits estão mais altos que o normal, e as equipes precisam desesperadamente do dinheiro", explicou ao jornal espanhol AS. Esta semana, a Williams anunciou o venezuelano Pastor Maldonado, que leva cerca de 15 milhões de euros da estatal Petróleos de Venezuela.
Soucek tem dois anos de experiência na GP2 e, este ano, correu pelo Flamengo, Sporting (POR) e Galatasaray (TUR) na Superliga. Ele também está negociando com equipes da DTM e da Fórmula Indy. "Você vence a F-3, a F-2, faz teste na Williams, corre a GP2, a Superliga, mas, em comparação com outros que já estão na F-1, vê que eles não tem tais conquistas. No fim das contas, não é importante só ser bom", lamentou.
Apesar da análise pessimista, Soucek não desiste, e acredita que pode conseguir uma vaga, mesmo que seja com a temporada já em andamento. "Temos de ser pacientes, porque quatro ou cinco pilotos aos quais me refiro vão precisar mostrar seu talento, não só suas finanças", encerrou o jovem espanhol de 25 anos.
Gazeta Esportiva
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